18/10/2013 21h11
- Atualizado em
18/10/2013 22h48
Maior incêndio da história do Porto de Santos só deve ser extinto domingo
Bombeiros continuam o trabalho de rescaldo das chamas durante a noite.
Seis terminais da Copersucar ficaram destruídos por causa do incêndio.
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Vai demorar pelo menos até domingo (20) para que o incêndio que atinge seis terminais de açúcar no Porto de Santos,
no litoral de São Paulo, seja totalmente extinto. Essa é a previsão do
Corpo de Bombeiros, que continua o trabalho de rescaldo das chamas na
noite desta sexta-feira (18). O fogo, que começou por volta das 6h,
destruiu armazéns, fez esteiras gigantes desabarem e feriu, pelo menos,
quatro pessoas. Uma delas foi encaminhada para a Santa Casa de Santos
com graves queimaduras pelo corpo.
O incêndio, que já é considerado o maior da história do porto santista,
deixou quatro funcionários da Copersucar, proprietária dos terminais,
feridos. Segundo a empresa, eles tiveram atendimento médico imediato,
sendo que três permanecem hospitalizados, em observação, e não correm
risco de morte.
Ainda de acordo com a Copersucar, o incêndio atingiu cerca de 180 mil
toneladas de açúcar bruto. As causas do incidente ainda não são
conhecidas e estão sendo investigadas. No momento, a companhia está
desenvolvendo um plano de contingência para suas operações, buscando
minimizar os impactos do ocorrido.
Combate
Após um esforço que durou mais de seis horas e reuniu dezenas de profissionais, os bombeiros conseguiram controlar o incêndio que atingiu seis terminais no Porto de Santos. Segundo o chefe da Defesa Civil de Santos, Daniel Onias, o incêndio foi controlado, mas ainda há muito material queimando e o rescaldo deve demorar dias. "O fogo começou nas esteiras e, como o açúcar tem fácil combustão, a propagação aconteceu muito rapidamente. A Defesa Civil está auxiliando no isolamento da área para dar segurança aos trabalhadores e para a população", explica.

Segundo Onias, dos seis armazéns atingidos, pelo menos três estão
completamente comprometidos. "Os telhados e a parte estrutural foram
danificados. Após uma vistoria é que vamos descobrir se estão totalmente
condenados ou se vai dar para recuperar. Os armazéns vizinhos não foram
afetados por não estarem carregados com material a granel", diz.
Os armazéns que pegaram fogo poderiam armazenar, juntos, até 300 mil
toneladas de açúcar mas, segundo a Copersucar, eles não estavam com a
capacidade máxima antes do incêndio, que começou em uma esteira do
terminal. Os armazéns 6, 11, 15, 16, 20 e 21 foram atingidos pelo fogo.
No armazém 11, o teto chegou a desabar e o galpão ficou completamente
destruído.
Para ajudar no combate ao incêndio, mais de dez carros dos bombeiros
foram ao local, além de dois carros da Guarda Portuária e um caminhão
utilizado pela Petrobras. Uma equipe de São Paulo reforçou ainda mais a
ação dos bombeiros que tentavam evitar que as chamas destruíssem outras
partes do Porto,, gerando mais prejuízos. O helicóptero Águia, da
Polícia Militar, chegou ao local por volta das 10h45 para ajudar no
combate ao fogo.

Terminal completamente destruído durante
incêndio no Porto (Foto: Ricardo Nogueira / AFP)
incêndio no Porto (Foto: Ricardo Nogueira / AFP)
Explosão
Por volta das 6h, as pessoas que trabalham no Porto de Santos ouviram uma grande explosão. O fogo tomou conta de três armazéns de açúcar, sendo que em dois deles o teto já havia desabado por volta das 7h30. Apesar das tentativas dos bombeiros, o fogo continuou se alastrando e atingiu outros três armazéns pouco tempo depois.
O navio que atracou no terminal da Copersucar, durante a manhã, veio da Libéria. Logo depois que ele chegou no Porto de Santos, o incêndio começou e ele teve que sair imediatamente do local.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Santos), os agentes organizaram uma operação de fluidez no trecho que vai entre a Alfândega de Santos até o elevado da Avenida Perimetral. O motorista deve evitar as áreas internas do cais e as ruas próximas, como a Xavier da Silveira e a Silva Jardim.




