quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

INCOMPETÊNCIA MUNICIPAL E PORCALHÕES QUE JOGAM LIXO NAS RUAS E PRAÇAS


22/12/2014 18h36 - Atualizado em 22/12/2014 21h38

Tempestade causa estragos no litoral de SP e deixa carros debaixo d'água

Chuva começou por volta das 16h30 e deixou o trânsito caótico.
Calçada em frente a uma obra na Linha Amarela, em São Vicente, cedeu.

Do G1 Santos

 

(Foto: Junior Fernandes/ Arquivo Pessoal)

Uma forte tempestade atingiu e provocou estragos em várias cidades do litoral de São Paulo no fim da tarde desta segunda-feira (22). A chuva, que começou por volta das 16h30 e não havia parado até às 19h00, chegou a deixar dezenas de carros cobertos pela água e provocou destruição.
Carro ficou submerso na Náutica, em São Vicente (Foto: Carolina Carla / Arquivo Pessoal) 
Carro ficou submerso na Náutica, em São Vicente
(Foto: Carolina Carla / Arquivo Pessoal)
 
Segundo a Defesa Civil, no mês de dezembro, até a manhã desta segunda-feira, havia chovido 71,4 milímetros em Santos. Nas últimas cinco horas, porém, o acumulado do dia já alcançava 90 milímetros.

Em Santos, além de dezenas de ruas inundadas, o trânsito ficou caótico em várias partes da cidade. Motoristas que deixaram o trabalho por volta das 18h encontraram dificuldade para chegar em casa por causa das ruas cheias e, muitos, permanecem parados no trânsito.

Já em São Vicente, o estrago foi pior. Um trecho da rua Marechal Deodoro, na Linha Amarela, afundou. Além disso, em alguns bairros da cidade a água subiu tanto que dezenas de carros ficaram parcialmente ou completamente cobertos pela água. Até um morador se arriscou com uma prancha. Ele praticou stand up paddle nas águas da chuva enquanto carros estavam parcialmente submersos.

O motorista que chega ao litoral de São Paulo por meio da via Anchieta encontra o tráfego completamente bloqueado na entrada de Santos. Por volta das 18h era impossível atravessar o local por causa do nível da água, que chegou a invadir parcialmente um supermercado que fica no local. A avenida Nossa Senhora de Fátima que também dá acesso à via Anchieta está parcialmente alagada na entrada de Santos e o trânsito está sendo desviado para a avenida Martins Fontes.

Em Praia Grande o motorista também encontra problemas próximo ao shopping na cidade, na avenida Ayrton Senna. Um dos viadutos está parcialmente alagado, causando problemas tanto no sentido da Capital, na região da Ponte do Mar Pequeno, tanto no sentido contrário.

Carros caíram em canal na Linha Amarela, em São Vicente (Foto: Fábio Ribeiro / Arquivo Pessoal) 
Carros caíram em canal na Linha Amarela, em São Vicente 
(Foto: Fábio Ribeiro / Arquivo Pessoal)
Avenida da praia próximo à praia do Itararé também está parcialmente alagada (Foto: Sandro Gois / Arquivo Pessoal) 
Avenida da praia próximo à praia do Itararé está parcialmente alagada 
(Foto: Sandro Gois / Arquivo Pessoal)
Na rua José Dias de Moraes água tomou conta do acesso (Foto: Nadir Mattos/Arquivo Pessoal)
Na rua José Dias de Moraes água tomou conta do acesso 
(Foto: Nadir Mattos/Arquivo Pessoal)

fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/12/chuva-causa-pontos-de-alagamento-em-santos-e-sao-vicente.html

 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Museu Pelé tem dificuldades e espera "sobrevida" em 2015

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

BAIXA ESTIMA NO POVO DA RMBS

Pesquisa aponta redução do bem-estar na Baixada Santista
Pesquisa aponta queda de 0,2 em comparação com 2013. Educação, saúde e segurança são principais temas para população

Da Reportagem

O Índice de Bem-Estar Municipal (Ibem) registrou queda nas nove cidades da Baixada Santista. A pesquisa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Estudos Sociais, Política e Estatística (Ibespe), tem como objetivo avaliar o ranking de bem-estar da região. O Ibem da região apresentou uma leve queda e ficou em 4,17. Em 2013, o índice era de 4,19.

O Ibem foi realizado entre os dias 12 e 24 de novembro com 800 entrevistas por cidade, totalizando 7.200 entrevistas na Região Metropolitana da Baixada Santista (ver gráfico no fim da matéria).

A pesquisa pede ao entrevistado que avalie o funcionamento de 12 temas dentro do município: saúde, segurança, educação, transporte público, limpeza pública, cultura e turismo, trânsito, comércios e serviços, trabalho e emprego, água e esgoto, esporte e lazer e infraestrutura.

A avaliação média dos temas em 2014 ficou em 4,48. A média do ano anterior, quando foi realizada a pesquisa pela primeira vez na Baixada Santista, ficou em 4,60. Para o Ibespe, a queda significa que a população avaliou sua cidade de forma mais crítica.

Apesar de índices mais controlados, segurança recebeu nota média de 2,72 (Foto: Luiz Torres/DL)
Apesar de índices mais controlados, segurança recebeu nota média de 2,72 (Foto: Luiz Torres/DL)
 
Educação
Em grau de importância, assim como em 2103, saúde e segurança seguem como as prioridades para quem vive na região. Entretanto, a educação ganhou um espaço maior, alcançando o terceiro lugar na lista, posto que pertencia ao trabalho e emprego.

A carteira assinada ficou atrás também do quesito água e esgoto, ocupando a quinta colocação. Entre os itens menos importantes, a população colocou cultura e turismo, o trânsito e o transporte público.

Líder negativo entre as áreas avaliadas, a saúde precisaria de ações urgentes (Foto: Matheus Tagé/DL)
Líder negativo entre as áreas avaliadas, a saúde precisaria de ações urgentes (Foto: Matheus Tagé/DL)
 
Prioridades possuem notas mais baixas
Se a Baixada Santista prioriza a segurança e educação, os temas receberam as piores notas por parte dos moradores dos nove municípios, apesar da melhora em comparação a 2013. Segurança recebeu uma média de 2,72, enquanto saúde esteve com média de 3,30. No ano passado, os quesitos tiveram avaliação de 1,77 e 3,15, respectivamente.

Entre os itens melhores avaliados em 2013, a questão do trabalho e emprego também foi mal avaliada, com média de 4,20.

Já os temas mais bem cotados pelos habitantes da Baixada Santista foram comércio e serviços (6,50), limpeza pública (5,08) e água e esgoto (4,97). Os números, inclusive, foram superiores a última pesquisa

Ainda entre os temas melhores avaliados, cultura e turismo, e educação tiveram as maiores quedas nas médias. O primeiro foi de 5,56 para 4,68, enquanto o segundo despencou de 5,48 para 4,63.

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

FALTA D'ÁGUA NA REGIÃO

Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 - 12h45
Especialistas alertam

Se não chover em breve, região da Baixada Santista pode sofrer com falta de água

Eduardo Brandão

N/A
Nível do Rio Cubatão está abaixo da média
Os moradores da região não sentem nas torneiras a crise hídrica que afeta a Grande São Paulo e Campinas. Porém, em breve, a Baixada Santista pode ser atingida pela escassez no abastecimento caso as previsões de chuva não se confirmem ainda na primavera.

Assim constatam especialistas, que afirmam: a redução dos níveis dos rios locais é o primeiro alerta. A baixa no volume dos mananciais que abastecem a região foi relatada por A Tribuna, na edição de ontem (23), que mostrou a situação de dois rios: Cubatão e Pilões.

O primeiro – de onde se capta 42,8% da água consumida na região – é o que mais sente os reflexos da seca. As marcas na escala linimétrica (régua que verifica o nível da lâmina d'água) não deixam dúvidas: houve redução de, ao menos, dois metros na volumetria do rio.

A causa: a estiagem, que neste ano registra o pior histórico. “Se não chover substancialmente nos próximos meses, a região não estará livre de desabastecimento no verão”, afirma o climatologista da ONG Amigos da Água, Rodolfo Bonafim. 

O consultor ambiental Alessandro Azzoni também prevê o mesmo cenário. Além do aumento populacional na região durante a temporada de verão, ele aponta o desperdícios na rede como entraves a serem sanados. 

“Perde-se 30% de água do ponto de captação até o consumidor. Somado aos problemas de distribuição, há ainda as ligações clandestinas”, cita.

Para Bonafim, o sucateamento das tubulações de distribuição contribui para a perda do líquido durante o trajeto. “São encanamentos antigos, geralmente da década de 60, e que estão subdimensionados”. 

Outra questão a ser resolvida, segundo Azzoni, é a cultural: é preciso a realização constante e maciça de campanhas de conscientização do uso racional da água potável. 

“É natural que o turista, não aclimatado com as temperaturas do Litoral, use mais água. Seja em banhos demorados ou em piscinas. Há a necessidade de educação já nos pedágios”, afirma o consultor ambiental.

Como alternativas para suprir o possível desabastecimento, ambos defendem a utilização de lençóis freáticos e investimentos em novos pontos de captação de água nos rios da região (veja matéria nesta página). 

“Nosso sistema hídrico (da região) é bom, mas sofre em ocasiões especiais, como esta que enfrentamos com a falta de chuvas. E muito se perde com o desperdício”, cita Bonafim. 

Na alta temporada de verão, várias cidades da região costumavam enfrentar baixa pressão e pane no abastecimento de água. O cenário tornou-se menos grave com uma série de investimentos da Sabesp nos últimos seis anos. Entretanto, em dezembro passado, Guarujá registrou desabastecimento. Por esse motivo, a Prefeitura obteve na Justiça liminar (decisão provisória) por danos morais, contra a Sabesp, em função do problema.

Em janeiro, a falta de água chegou a Santos, no Morro São Bento. Bairros de São Vicente e Bertioga também sofreram com o desabastecimento.

Estudos visa novos mananciais

O Comitê da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista (CBH-BS) finaliza um inventário sobre a situação dos rios da região. O estudo, com conclusão prevista para ainda este ano, balizará os futuros investimentos para a melhora do sistema de captação local de água. 

Uma das alternativas estudadas sinaliza para a ampliação da capacidade produtiva local, cujo potencial é um dos mais amplos do Estado. O líquido tratado excedente teria como destino outras regiões paulistas.

Segundo o presidente do colegiado, o prefeito de Bertioga Mauro Orlandini (DEM), o instrumento leva em consideração o crescimento demográfico regional para os próximos anos. 


“Precisamos entender qual o volume de água necessário a nossa região. Garantida a sustentabilidade, por que não enviar (o excedente) para a Capital, por exemplo? O importante é não descobrir um santo para cobrir outro”, explica.

Orlandini ainda cita que o levantamento apontará toda a potencialidade hídrica da região. E servirá para criação de um plano definitivo ao alerta da Agência Nacional de Águas (ANA). 

Um estudo da entidade mostrou que 16 dos 29 maiores aglomerados urbanos do País precisam achar novos mananciais para garantir o abastecimento até 2015. A lista inclui 472 municípios, entre entres 56 situados em três regiões metropolitanas de São Paulo (Baixada Santista, Campinas e a Capital).

Campanha
Outra vertente defendida é a ampliação das campanhas de economia de água. Em Bertioga, Orlandini diz finalizar leis de descontos no IPTU para os munícipes que tenham preocupações com o meio ambiente. 

“Não há reservatórios e nem investimentos que aguentem deixar as torneiras abertas sem necessidade”, cita. O prefeito acredita que a proposta pode ser levada às demais cidades. “Faremos aqui (Bertioga) o projeto piloto”.

Resposta
A Sabesp informa que, além da Capital e Interior, o abastecimento da Baixada Santista está garantido, apesar da estiagem e das altas temperaturas, que reduziram a vazão dos mananciais. Sobre o volume médio de água consumida diariamente por habitante na Baixada Santista, a empresa informa que esse índice “varia muito de município para município, assim como a vazão de água produzida para atender moradores e turistas”.

Sobre a conscientização do consumo, a Sabesp cita ter o Programa de Uso Racional da Água (Pura), que completou cinco anos na Baixada Santista. O programa desenvolve palestras, visitas técnicas para diagnóstico predial e orientações aos mais diversificados públicos. Por fim, a empresa informa que Cubatão é atendida pelo Rio Cubatão. No entanto, existe a possibilidade de complementar a vazão captada para a estação de tratamento de água da Cidade com volume da Represa Billings, quando necessário. A retirada da água da Billings não causa qualquer problema ambiental e o tratamento da água segue os parâmetros de potabilidade exigidos em lei.

fonte: http://www.atribuna.com.br/cidades/se-n%C3%A3o-chover-em-breve-regi%C3%A3o-da-baixada-santista-pode-sofrer-com-falta-de-%C3%A1gua-1.411006