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sábado, 14 de novembro de 2015

MANIFESTAÇÕES CONTRA O FECHAMENTO DA ANTIGA COSIPA PROSSEGUEM

Policia Militar sai de dentro da Usiminas e surpreende manifestantes

  Inserida em: 2015-11-12 -02:56
Policia Militar sai de dentro da Usiminas e surpreende manifestantes 
(Foto: Aderbau Gama/PMC)
 
O sol nem tinha raiado na quarta-feira (11), quando sindicalistas chegaram ao portão principal da Usiminas, em Cubatão, na expectativa de realizarem uma assembleia com os trabalhadores da empresa.
Pouco tempo depois, por volta das 5h45, os manifestantes foram surpreendidos por um capitão da PM com a informação que, por decisão judicial, caso houvesse bloqueio nos portões da empresa, os policiais militares, agiriam, inclusive com rigor, se a decisão não fosse acatada. O capitão se referia a liminar em favor da Usiminas, expedida pelo juiz Athanasios Avramidis da 1ª Vara do Trabalho de Cubatão, no início da noite do dia anterior, fato até então desconhecido pelos sindicalistas. A liminar orientava que os manifestantes deveriam ficar a uma distância segura, sem no entanto, esclarecer qual seria a distância.
Confronto – Por volta das 6h50, quando os manifestantes tentaram conversar com os trabalhadores dentro dos ônibus que já se aproximavam do portão de entrada da siderúrgica, começou o confronto. Parecia a luta de Davi contra Golias. De repente, surgiram os policiais vindos do interior da empresa (segundo trabalhadores, os  PMs já estavam na empresa onde chegaram na noite de terça-feira.
De um lado os sindicalistas com bandeiras, do outro, policiais armados e com spray de pimenta e bombas de efeito moral. A dispersão, diante do aparato policial, foi inevitável. Algumas pessoas passaram mal, três foram presas, os sindicalistas Eliezer Cunha e Claudinei Gatto, ambos diretores da Intersindical e o jornalista Victor Martins, liberados algumas horas depois.
Apoio – Os manifestantes, sindicalistas representantes de centrais sindicais, rumaram para a Prefeitura de Cubatão, onde servidores municipais e a prefeita Marcia Rosa (PT) que decretou ponto facultativo às 11h, os aguardavam. Comerciantes fecharam as portas e representantes dos mais diversos segmentos da sociedade engrossaram a passeata.
“Não vamos parar enquanto não vencermos. A força do Município, Estado e União juntos podem reverter a situação, sim!", gritava a prefeita de Cubatão, Marcia Rosa, em protesto contra o anúncio da siderúrgica Usiminas de demitir milhares de funcionários de sua unidade no município.

A manifestação começou em frente à usina, às 5h30, e seguiu para a entrada da Prefeitura, terminando com uma passeata pelo centro, às 13h30. Cerca de 3,5 mil pessoas participaram do ato.
Os sindicalistas se reúnem, ainda nesta semana, para decidirem nova manifestação.
fonte: http://jornalespacoaberto.com/noticias/2254/Policia-Militar-sai-de-dentro-da-Usiminas-e-surpreende-manifestantes

domingo, 1 de novembro de 2015

DISCENTES e DOCENTES JUNTOS CONTRA AS ALCKMICES NO ESTADO DE SÃO PAULO

Protesto contra reorganização no ensino bloqueia vias no Centro de SP

Segundo os organizadores, cerca de 100 mil pessoas participam do ato. 
Em assembleia, professores aprovaram calendário de mobilizações.

 Manifestantes bloquearam vias do Centro de SP

 Manifestantes se reuniram no vão livre do Masp e pretender seguir em passeata até a Praça da República (Foto Cris Faga-Fox Press Photo Estadão Conteúdo)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

IMPROBIDADE EM GUARUJÁ POR PARALISAÇÃO DO SAMU

MPF/SP ajuíza ação de improbidade contra prefeita do Guarujá por mau funcionamento do Samu

7/5/2015 
Serviço ficou paralisado por dois dias e ainda não foi plenamente restabelecido por falta de funcionários


O Ministério Público Federal em Santos (MPF/SP), no litoral paulista, entrou com ação de improbidade administrativa contra a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito, e outros três agentes públicos  do município devido à má administração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em maio de 2013, a cidade ficou dois dias com a atividade paralisada por conta do término dos contratos de profissionais de saúde. Atualmente, mesmo após dois anos, o quadro de funcionários do Samu ainda não foi plenamente restabelecido, acarretando a má prestação do serviço.
Segundo as investigações, a municipalidade tinha conhecimento de que médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e condutores de veículos de urgência seriam dispensados, porém nada fez para evitar que o atendimento à população fosse interrompido. Além de os contratos de trabalho possuírem data final previamente estabelecida, os secretários municipais de Saúde, Augusto Cezar Silva de Bustamante Sá, e de Administração, Flavio Poli, foram alertados diversas vezes sobre a situação pelo coordenador do serviço. Os dois gestores também são réus na ação de improbidade.
Ao todo, mais da metade do quadro funcional do Samu foi dispensada em maio de 2013. Mesmo com novos processos seletivos realizados após essa data, o atendimento de urgência ainda não está em pleno funcionamento na cidade. Informações apresentadas durante o inquérito mostram que em novembro de 2014 apenas duas das cinco ambulâncias estavam em funcionamento, bem como não dispunham de médicos em alguns dias, devido à falta de funcionários.
O Samu recebe cerca de 90 chamadas diárias no município. “Os efeitos decorrentes da prestação deficiente do serviço são imensuráveis. O atraso no atendimento médico de urgência e emergência é fatal na ação de salvamento, e a falta de recursos humanos desde médicos socorristas até condutores de ambulâncias tem sido rotineira no Guarujá, com registros de execuções irregulares desde maio de 2013”, destaca o procurador da República Thiago Lacerda Nobre, autor da ação.
Improbidade - Além da prefeita e dos secretários, o Diretor I de Urgência e Emergência do município, Waldyr Aparecido Tamburu, também responde pelos atos de improbidade administrativa. Ao permitir a descontinuidade do atendimento de urgência por omissão deliberada, eles atentaram contra princípios da administração pública, como a honestidade e a eficiência, conforme previsto no art. 11 da Lei 8.429/92. Os réus também retardaram a prática de ato de ofício, consistente em garantir o funcionamento do Samu e assegurar a prestação adequada do serviço.
O MPF pede que os quatro agentes públicos percam a função pública e paguem multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração recebida quando exerciam o cargo. Para garantir a imposição das sanções e o pagamento das despesas processuais em caso de condenação, a Procuradoria solicita ainda que a Justiça decrete a indisponibilidade dos bens em nome dos réus no valor da multa requerida. Ação pede também que eles tenham os direitos políticos suspensos por cinco anos e sejam proibidos de contratar com o poder público ou receber benefícios fiscais pelo mesmo período.
Leia a íntegra da ação civil pública de improbidade administrativa.
O número do processo é 0003242-41.2015.403.6104. Para consultar a tramitação, acesse:http://www.jfsp.jus.br/foruns-federais/

Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Estado de S. Paulo
11-3269-5068/ 5368/ 5170
prsp-ascom@mpf.mp.br
twitter.com/mpf_sp
fonte:http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/combate-a-corrupcao/mpf-em-santos-sp-entra-com-acao-de-improbidade-contra-prefeita-e-agentes-publicos-do-guaruja-por-mau-funcionamento-do-samu-1

IMPROBIDADE EM GUARUJÁ-SP

04/03/2015 16h02 - Atualizado em 04/03/2015 17h21

Compra irregular de cartilhas gera ação contra a prefeita de Guarujá, SP

Ministério Público Federal apontou improbidade em 2009.
Compra de 50 mil cartilhas informativas sem licitação são investigadas.


Do G1 Santos

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma ação de improbidade administrativa contra a prefeita de Guarujá, no litoral de São Paulo, Maria Antonieta de Brito, o ex-secretário de Saúde do município, Marco Antônio Barbosa dos Reis, e o empresário Ricardo Tadeu Carvalho Raposo. Eles são acusados de envolvimento na compra de 50 mil cartilhas informativas sem licitação.
Segundo o MPF, eles teriam participado da aquisição irregular de material de divulgação sobre o combate à dengue no primeiro mandato da prefeita, em 2009. O produto foi pago com recursos do Ministério da Saúde, repassados à prefeitura de Guarujá por meio de um convênio. O montante gasto pela administração para a confecção das cartilhas na época foi de R$ 197,5 mil.
Durante o processo, a prefeitura alegou que o fornecedor do impresso escolhido era único e, por esse motivo, optou pela modalidade de inexigibilidade de licitação, quando só existe um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da administração. No entanto, o MPF não encontrou nenhuma pesquisa de preços para que fosse definida a compra. Embora a EAJ Editora e Projetos Ltda., do empresário Ricardo Raposo, fosse detentora dos direitos sobre a cartilha comercializada, as investigações não demonstraram que a obra era única no mercado.
Por conta da ação, o MPF pediu à Justiça Federal que determine a indisponibilidade de bens dos envolvidos para garantir o cumprimento de eventual sentença condenatória. Entre os pedidos que constam na ação, estão o ressarcimento integral dos danos aos cofres públicos, a perda das funções públicas eventualmente exercidas, a suspensão dos direitos políticos por oito anos e o pagamento de multa civil equivalente a duas vezes o valor dos prejuízos causados ao erário, ou 100 vezes a remuneração recebida pelos agentes públicos à época.
Por meio de nota, a Advocacia Geral do Município (AGM) informa que ainda não foi citada na ação e, por tal razão, desconhece o seu teor. A AGM aguarda a citação para emitir qualquer pronunciamento mais preciso sobre os fatos alegados pelo Ministério Público Federal.

Entretanto, a respeito da aquisição de cartilhas para a conscientização sobre a dengue, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), em acórdão proferido em 30 de abril de 2014, nos autos da ação popular nº 0001808-36.2012.8.26.0223, reconheceu a regularidade da contratação e reformou a sentença proferida pela 3ª Vara Cível de Guarujá, que determinava a nulidade do procedimento.
A pasta esclarece ainda que a decisão do TJ/SP ainda não transitou em julgado, pois houve interposição de recurso pelo autor da ação popular, que aguarda juízo de admissibilidade pelo presidente do Tribunal.
fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/03/compra-irregular-de-cartilhas-gera-acao-contra-prefeita-de-guaruja-sp.html


terça-feira, 29 de setembro de 2015

HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - URBANISMO (T)
Plano Diretor se rende a usos e costumes (7)

Metropolização, conurbação, verticalização. Os santistas passaram a segunda metade do século XX se acostumando com essas três palavras, que sintetizam um período de grandes transformações no modo de vida dos habitantes da Ilha de São Vicente e regiões próximas. Nesse turbilhão, os planejadores urbanos descobrem que na prática, a teoria é outra, é necessário adaptar os planos à realidade de uma cidade/metrópole que tem vida e vontade própria. Esse é o discurso também do autor desta monografia, publicada na edição especial Arquitetura: memória e Crítica da Leopoldianum - Revista de Estudos e Comunicações da Universidade Católica de Santos (volume XXIII,agosto, 1997, nº 64, Santos/SP)
fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0230t7.htm 

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A 64ª AÇÃO VOLUNTÁRIA ECOFAXINA SERÁ DOMINGO, 20/09 EM SANTOS-SP

  Voluntários celebrarão o Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias com ação no mangue

Ação reforça alerta do Instituto EcoFaxina para o descarte de lixo no mangue, origem de grande parte do plástico que polui praias da região e causa danos à vida marinha.
Com vastas áreas de mangue invadidas por palafitas, o estuário de Santos acabou se transformando em uma enorme sopa de plástico. Armadilha mortal para diversas espécies que buscam no mangue um local para se alimentarem e se reproduzirem.
Com vastas áreas de mangue invadidas por palafitas, o estuário de Santos acabou se transformando em uma enorme sopa de plástico. Armadilha mortal para diversas espécies que buscam no mangue um local para alimentação e reprodução.

A 64ª Ação Voluntária EcoFaxina será realizada neste domingo (20/9) em comemoração ao Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias. Promovido desde 1986, sempre no terceiro sábado de setembro pela ONG norte-americana Ocean Conservancy, o International Coastal Cleanup tem como objetivo envolver o maior número de pessoas na coleta de resíduos em praias e demais ecossistemas costeiros por todo o planeta. Além das coletas, o programa visa identificar as fontes de resíduos e mudar padrões comportamentais que contribuem para a poluição dos oceanos. Os dados das coletas são reunidos, publicados e utilizados para sensibilizar e educar consumidores, empresários e governantes. Em 2014 o evento reuniu cerca de 560.000 voluntários em 91 países, que retiraram mais de 7 mil toneladas de lixo de ambientes marinhos.

Caminhões descartam lixo misturado com resíduos da construção civil sobre o mangue. Após serem é aterradas as áreas se transformam em terrenos para habitações em madeira e depois em alvenaria. O metro quadrado desmatado de mangue possui hoje valor médio de trinta reais.
Caminhões descartam lixo misturado com resíduos da construção civil sobre o mangue. Após serem aterradas, as áreas se transformam em terrenos para habitações em madeira e depois em alvenaria. O metro quadrado desmatado de mangue possui hoje valor médio de trinta reais.

Por estarmos em uma região estuarina, a limpeza precisa começar pelo manguezal, berço da vida marinha e local de descarte de lixo para milhares de famílias que vivem em palafitas. A ação voluntária acontecerá na Zona Noroeste de Santos, em uma área de manguezal invadida por palafitas, onde moradores convivem com lixo e esgoto a céu aberto. Assim como nas demais ações promovidas durante o ano, o objetivo é conscientizar moradores sobre a importância da separação e do descarte correto dos resíduos, envolvendo cada vez mais pessoas com a causa e com o trabalho voluntário.

Além da limpeza e da educação ambiental, a coleta de dados e informações também é muito importante, pois eles servem de alerta e subsídio para governantes e empresários desenvolverem políticas públicas e empresariais que contribuam para que o plástico, esse material com inúmeras qualidades, mas que é confundido com alimentos e ocasiona a morte de milhares de animais marinhos todos os anos, siga seu caminho natural, o da reciclagem.

Mais de 80% dos resíduos que se acumulam nas praias da região tem origem domiciliar, proveniente de áreas de invasão de mangue nos municípios que compõe o estuário de Santos e São Vicente.

Cidade sem lixo, mangue sem lixo, praias sem lixo

Esta será a segunda ação realizada em parceria com a Prefeitura de Santos através do programa Cidade sem Lixo. A primeira foi realizada dia 30/08. A parceria visa conscientizar moradores de áreas invadidas e a população em geral através da educação ambiental e participação nas Ações Voluntárias EcoFaxina. Antes da parceria nas ações, o Instituto EcoFaxina e a Prefeitura já vinham atuando juntos na divulgação do programa com a fixação de cartazes nas comunidades.

Tratores percorrem as praia de Santos para remover lixo expelido pelo mar. Enquanto continuarmos poluindo o mangue, todo dia será dia de limpeza de praias na Baixada Santista. Crédito: Janelas TV
Tratores percorrem as praias de Santos para remover lixo expelido pelo mar. Diariamente são coletadas até 40 toneladas de resíduos. Enquanto continuarmos poluindo o mangue, todo dia será dia de limpeza de praias na Baixada Santista. Crédito: Janelas TV
O programa é fruto da Lei Complementar 831, de 10 de abril de 2014, criada por meio de projeto de lei do vereador Kenny Mendes (DEM), que alterou o Código de Posturas, com a proibição do descarte de resíduos de qualquer natureza em vias públicas, passeios, jardins, logradouros, terrenos e canais, com multas previstas para os infratores. Antiga reivindicação do Instituto EcoFaxina. As multas são de R$ 150,00 para volumes até 2 litros, R$ 250,00 para volumes de 2 a 100 litros, R$ 500,00 para volumes de 100 a mil litros e R$ 1.000,00 para volumes superiores a mil litros. Sendo dobrados os valores nos casos de reincidência.
fonte: http://www.institutoecofaxina.org.br/

sábado, 22 de agosto de 2015

GOVERNO DOS ATRASOS, GOVERNO ELEITOREIRO?

19/02/2015 13h00 - Atualizado em 19/02/2015 15h23

Alckmin diz que vai romper contrato após atraso em estações da Linha 4

Quatro estações da segunda fase da linha estão com obras paradas.
Trecho tem custo de R$ 1,8 bilhão; SP terá reunião 
com Banco Mundial.


Do G1 São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (19) que deve rescindir o contrato com o consórcio Isolux Córsan-Corviam, responsável pelo atraso na entrega de quatro estações da Linha 4-Amarela.
O consórcio culpa empresas terceirizadas e o próprio Metrô pelo atraso. A companhia nega.

Segundo Alckmin, a rescisão só depende de reunião com o Banco Mundial, financiador da obra. Ainda de acordo com o governador, multas também serão aplicadas.
O contrato para início da primeira fase das obras da Linha 4 foi assinado em novembro de 2006. As primeiras estações inauguradas foram Paulista e Faria Lima, em maio de 2010.
A segunda fase de obras teve licitação fechada em 2012 por R$ 1,8 bilhão. Mas, dentro desta etapa, apenas a estação Fradique Coutinho foi aberta, novembro de 2014.
Ainda estão em obras as estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia.
Rompimento do contrato
Pelas regras, o segundo colocado na licitação da segunda fase deve assumir as obras se puder cumprir o prazo de entrega. A estação Higienópolis-Mackenzie, por exemplo, deve ser entregue em dez meses e a Oscar Freire, em um ano. Se não puder cumprir, uma nova contratação é feita.
O consórcio Isolux Córsan-Corviam diz que empresas contratadas pelo Metrô atrasaram a entrega dos projetos e isso aumentou o prazo da obra em 50%.
A empresa diz ainda que o Metrô demora para aprovar serviços que não estavam no contrato inicial e que estes atrasos impactaram nos custos de pessoal, equipamentos e materiais.
O Metrô diz que o consórcio recebeu todos os projetos necessários para o andamento das obras. A companhia afirma que, para vencer a licitação feita em 2012, o consórcio Isolux Córsan-Corviam ofereceu um desconto de até 42% no preço sugerido e que, desde o começo, ficou desconfiado de que a construtora não conseguiria cumprir o combinado.
Como o consórcio apresentou toda a documentação exigida, o Metrô se viu obrigado a aceitar o negócio.
Funcionários de braços cruzados
Trabalhadores das obras das estações disseram à reportagem do Bom Dia São Paulo (vídeo abaixo) que estão sem atividades há cerca de cinco meses.

“A gente bate cartão e fica dentro da empresa sem fazer nada”, disse um funcionário, que trabalhava onde será construída a futura estação Frei Caneca, na Zona Oeste da capital paulista.
No canteiro da futura estação Oscar Freire há um cartaz que anuncia o custo da obra de R$ 172 milhões, mas não informa o prazo para conclusão. De cima de um prédio, uma equipe do SPTV fez imagens dos funcionários sem fazer nada, mas mesmo assim ficam na obra das 7h às 17h. Também era possível ver madeira apodrecendo, cimento estragado e vergalhões enferrujando.
A Linha 4-Amarela terá 11 estações ao longo de 13 km, da Luz até a Vila Sônia, na Zona Sul. A obra começou em 2004, mas até agora só sete estações foram entregues, a última, Fradique Coutinho, ficou pronta no final do ano passado.

Na futura Estação Higienópolis-Mackenzie, as obras começaram em 2012, pararam no ano passado e o tapume permanece fechado. Na estação Morumbi, as detonações mal começaram e já pararam, e na Vila Sônia há apenas material estocado.
Linha Amarela do Metrô (Foto: Arte/G1)

sábado, 6 de junho de 2015

ÉLIO LOPES NÃO SABE PORQUÊ A PONTA DA PRAIA SOFRE EROSÃO?

Grupo organiza abaixo-assinado contra assoreamento na Ponta da Praia

Clube quer pedir inquérito no Ministério Público para investigar sumiço da faixa de areia

SHEILA ALMEIDA                               06/06/2015 - 14:09 - Atualizado em 06/06/2015 - 14:14



















Faixa de areia está cada vez menor na Ponta da Praia

Não é de hoje, a faixa de areia na Ponta da Praia sofre com o assoreamento acelerado. Agora, um clube de praia, com barraca no trecho, resolveu fazer uma ação para ao menos tentar compreender esse processo: eles promovem um abaixo-assinado para pedir a abertura de inquérito no Ministério Público 
Federal e Estadual para investigar o caso. Querem que algo seja feito para a faixa de areia não desaparecer na região.
Quem promove o abaixo-assinado é o Clube da Ponta Futebol de Praia, cuja barraca fica próxima ao Canal 6, um pouco antes do Aquário Municipal. A ideia é colher mais de duas mil assinaturas até 21 horas deste sábado (6). A mobilização começou nessa sexta-feira (5), no Dia Mundial do Meio Ambiente.
Considerados filhos adotivos desse pedaço do bairro – muitos foram criados lá – os 14 integrantes que se reúnem na barraca querem soluções. “O mar tem avançado no País todo, isso é indiscutível. Mas aqui o processo foi acelerado”, diz o engenheiro Elio Lopes.Um exemplo é a localização da própria barraca. Desde 2010, mudou três vezes de lugar: estava metros após o Aquário e foi expulsa pelo avanço das águas.
O presidente da entidade, Orlando Parra, de 53 anos, explica que o abaixo-assinado não quer culpar ninguém pela situação. “Não queremos saber quem vai tomar providências. Queremos que seja resolvido. A falta de compromisso é muito grande. Fazem as coisas sem planejamento, seja o órgão que for”.
Como no quintal da avó
Há cerca de quatro anos, a extensão da areia no trecho ainda permitia jogos e brincadeiras, realidade que não existe mais, segundo o vice-presidente do clube, Rubens Passos, de 63 anos, que frequenta o local desde 1970. “Imagine, além desses dois postes de iluminação após a barraca, tinha mais um e ainda fazíamos campo para jogar futebol. O que perdemos de praia em três, quatro anos, foi muito”, calcula.
Mas não é só o pessoal da barraca que sente o avanço. Everaldo José dos Santos, de 63 anos, trabalha no carrinho de bebidas da mulher, Solange Maria dos Santos. Fundado em 1986, o comércio também sofre. “Nos anos 90 tinham três barracas de praia depois do terceiro poste de luz (já retirado). Com espaço, vinha mais gente. Vendíamos muito. Agora, estamos espremidos, um carrinho em cima do outro. Muitos desistiram”, diz.
A Prefeitura afirma que contratará uma empresa para compilar dados já existentes e propor, após 45 dias, uma ação imediata, mesmo que temporária, para minimizar a situação. Ainda não há prazo de contratação. Há cerca de um mês e meio, a Prefeitura afirmava estar em fase final processo para contratar uma empresa a fim de dar uma solução definitiva ao problema
fonte: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/santos/grupo-organiza-abaixo-assinado-contra-assoreamento-na-ponta-da-praia/?cHash=7211c252f7b31e18f88b6bbc91e7cae8

quinta-feira, 28 de maio de 2015

MAIS GREVES!

Centrais sindicais preparam greves para amanhã na Baixada

Paralisações são mantidas em segredo. Sindicalistas vão fechar estradas a partir das 7 horas

Da Reportagem


Com um esquema de paralisações já definido, mas mantido em segredo entre os sindicalistas, as centrais sindicais estão dispostas a paralisar diversas atividades na Baixada Santista amanhã, Dia Nacional de Luta e Paralisações. As definições foram acertadas em plenária sindical, realizada na terçafeira, no Sindicato dos Bancários de Santos, quando os representantes das centrais projetaram as greves relâmpagos que pretendem realizar. O cronograma não foi divulgado à imprensa, mas tudo terá início com o fechamento de estradas na entrada de Santos e na divisa entre Santos e São Vicente, impedindo o acesso da população em geral. Isto vai ocorrer logo cedo, por volta das 7 horas.

Os sindicalistas que representam as centrais sindicais, Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral de Trabalhadores (UGT), Intersindical, Central da Classe Trabalhadora, CUT, CTB, CSP e ASS, que são representadas pelos sindicatos dos bancá- rios, químicos, rodoviários, frentistas, montagem, servidores público, petroleiros e aposentados dizem que estão mobilizados Eles querem fazer valer o direito sindical de manifestações e protestos em torno da pauta contra os trabalhadores promovida por parlamentares e também contra as MPs propostas pelo Governo Federal.

 A greve na região foi definida em reunião de sindicalistas na terça-feira (Foto: Divulgação)
A greve na região foi definida em reunião de sindicalistas na terça-feira (Foto: Divulgação)


Sindicalistas são contra terceirização

Ricardo Saraiva, o Big, presidente do Sindicato dos Bancários e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical, disse que se a terceirização passar no Senado será o extermínio da classe trabalhadora. O diretor da NCST, Paulo Pimentel, PP, mais antigo. Sindicalista da região e presidente do Sintrasaúde disse ao DL da necessidade de haver a paralisação: “O Governo, e o Congresso Nacional não estão respeitando ninguém”, diz PP. 

Herbert Passos Filho, presidente dos Químicos e diretor da Força Sindical na Baixada Santista, diz que os trabalhadores devem se mobilizar. “Estão tirando direitos históricos e além das MPs e terceirização, existe o risco do fechamento de novos postos de trabalho, o que vai fazer aumentar o desemprego”. Florêncio Rezende de Sá, Sassá, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos diz que o sindicato vai participar desta luta. “Temos que somar forças”, disse o sindicalista. 
fonte: http://www.diariodolitoral.com.br/conteudo/57428-centrais-sindicais-preparam-greves-para-amanha-na-baixada

domingo, 24 de maio de 2015

CONTRADIÇÃO!

Secretário destaca queda de criminalidade na Baixada

Alexandre de Moraes destacou a reforma do IML da Praia Grande e descartou aumento do efetivo

por

O Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, destacou a queda da criminalidade na Baixada Santista durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb), ontem, no Museu Pelé, em Santos.

Moraes foi convidado para falar sobre o trabalho que a pasta tem realizado na região, os futuros investimentos e ouvir as demandas dos prefeitos da Região.

De acordo com o secretário, em comparação ao primeiro quadrimestre do ano passado, houve diminuição em todos os índices de criminalidade na Baixada Santista. “A redução de todos os índices de criminalidade demonstra que os efetivos existentes hoje das polícias civil e militar, são suficientes, esta trabalhando muito e reduzindo os índices. Há muito que fazer, nós temos que melhorar. A nossa meta é o crime zero. Então, nós vamos reduzindo.”

Alexandre de Moraes assegurou a confiabilidade nas estatísticas e negou que haja subnotificação dos casos registrados pela Polícia. “São Paulo é o único estado da Federação que permite registro de roubo eletronicamente. Quando se permitiu isso, em 2013, houve um grande aumento e chegamos a conclusão de que havia uma subnotificação. 

As pessoas podem registrar o roubo da sua casa, no seu computador. Não há subnotificação”.
Secretário também destacou as diversas operações policiais realizadas na Região (Foto: Matheus Tagé/ DL)
Secretário também destacou as diversas operações policiais realizadas na Região (Foto: Matheus Tagé/ DL)

Sem aumento de efetivo
Entre as demandas dos prefeitos presentes à reunião, ganhou destaque o pedido pelo aumento do efetivo. O prefeito de São Vicente, Luis Claudio Bili (PP), disse que a região vive um clima de insegurança após o término da “Operação Carnaval” e que a Secretaria de Segurança Pública poderia deixar na região 10% do efetivo que vem para reforçar o policiamento. O pedido foi endossado pela prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB).

A resposta do secretário, porém, não foi positiva. Alexandre de Moraes informou que recebe o mesmo pedido de todas as 645 cidades do estado do São Paulo e que não era necessário e nem possível o aumento do efetivo após as operações.

“O efetivo hoje é suficiente, é bom. Obviamente, não é ideal. Nós podemos ampliar o efetivo. É por isso que o governador Geraldo Alckmin já autorizou a contratação de 14 mil policiais militares e cinco mil servidores administrativos que substituirão policiais em função administrativa. Com isso, até o final de 2016, nós teremos 19 mil policiais militares já treinados e vamos completando os efetivos que forem necessários”, explicou.

Por fim, Alexandre de Moraes destacou os investimentos no Instituto Médico Legal de Praia Grande e de Santos. “Assim como os municípios sofrem com a crise econômica do País, o estado também sofreu. Nossa arrecadação caiu. Nós temos R$ 700 milhões para investir na Segurança Pública. Aqui, para a Baixada Santista, estamos encerrando a reforma do IML de Praia Grande, que custou R$ 900 mil. Além disso, já contratamos a CPOS (Companhia Paulista Obras Serviços) para fazer uma grande reforma no IML de Santos, inclusive, resolvendo o problema de inundação que tem nesse prédio. Vamos investir R$ 4 milhões”.

fonte:  http://www.diariodolitoral.com.br/conteudo/57057-secretario-destaca-queda-de-criminalidade-na-baixada

segunda-feira, 13 de abril de 2015

CRUSTÁCEOS REVELAM O GRAU DE POLUIÇÃO DO COMPLEXO ESTUARINO DA REGIÃO

03/03/2015 07h39 - Atualizado em 03/03/2015 21h30


Poluição provoca o aparecimento de caranguejos 'mutantes' no litoral de SP


Alguns apareceram com deformações como resposta à poluição.
Pesquisa revelou contaminação em cinco manguezais de Santos.



Mariane Rossi Do G1 Santos

Grupo de Pesquisa em Biologia de Crustáceos (CRUSTA) da Unesp começou a fazer pesquisas sobre o caranguejo-uçá  (Foto: Divulgação/CRUSTA) 
Grupo de Pesquisa da Unesp faz pesquisas sobre o caranguejo-uçá (Foto: Divulgação/CRUSTA) 

Uma pesquisa mostrou que a poluição tem afetado a vida dos  caranguejos-uçá que vivem nos manguezais de cidades litorâneas do Estado de São Paulo. Alguns animais já nasceram com má formações devido a grande quantidade de metais pesados encontrados em cinco cidades da região. Segundo os pesquisadores, a contaminação do meio ambiente é proveniente do Polo Industrial de Cubatão, do Porto de Santos e dos lixões instalados na região. Além disso, o caranguejo-uçá 'mutante' chega na mesa dos brasileiros e coloca em risco a saúde de muita gente.
De acordo com a pesquisa, os maiores caranguejos 'mutantes', geralmente os mais 'suculentos', têm maior quantidade de metais pesados. Segundo o biólogo marinho e professor doutor Marcelo Pinheiro, as pessoas que consomem esse animal também acumulam esses metais pesados. "Isso pode acarretar em maior incidência de câncer, más formações e problemas neurológicos", afirma ele, que também não recomenda o consumo desses animais provenientes da Baixada Santista.

Pinheiro começou a estudar esses caranguejos a partir de 1998. “Percebi que pouco se sabia cientificamente sobre essa espécie”, afirma. Junto com o Grupo de Pesquisa em Biologia de Crustáceos (CRUSTA) da Unesp de São Vicente, ele começou a fazer pesquisas sobre o caranguejo-uçá. Na primeira fase, foi estudada a biologia do animal e, na segunda etapa, o grupo pesquisou mais aspectos relacionados à biologia pesqueira deste recurso, também fazendo ações de educação ambiental.

Exemplar com má formação foi encontrado em São Vicente (Foto: Divulgação/CRUSTA) 
Exemplar com má formação foi encontrado emSão Vicente (Foto: Divulgação/CRUSTA)

Ele e outros  pesquisadores do CRUSTA (Dr. Felipe Duarte) e Unifesp Baixada Santista (Prof. Dr. Camilo Pereira) se depararam com um animal encontrado por pescadores, em São Vicente. O exemplar do caranguejo-uçá apresentava má formação em uma das pinças. “O animal lutou com outro animal e perdeu uma parte do corpo. Em vez de regenerar um dedo só, ele regenerou cinco dedos. Parece uma mãozinha. Inclusive era funcional. Esse tipo de trabalho me sensibilizou e ampliamos os estudos”, explica o biólogo. O animal foi analisado em laboratório. O caranguejo apresentou alta incidência de células micronucleadas (resultantes de problemas ocorridos durante a divisão celular), aproximadamente três vezes mais alta do que os valores considerados normais.


A partir desse exemplar, a equipe resolveu fazer uma terceira etapa do projeto e estudar o caranguejo-uçá em áreas de manguezal do Estado de São Paulo, sujeitas a diversas fontes de poluição, como os lixões públicos Alemoa/Sambaiatuba e o Polo Industrial de Cubatão, que podem afetar o desenvolvimento e o ciclo de vida dos animais. O estudo visava fazer uma avaliação mais ampla dos problemas ambientais existentes e a sua influência sobre os organismos estuarinos.

Foram 18 subáreas de manguezal analisadas em seis áreas, abrangendo Bertioga, Cubatão, São Vicente, Peruíbe, Iguape e Cananeia. Os pesquisadores coletaram amostras de água, folhas da planta mangue-vermelho, sedimentos, além de partes dos tecidos, vísceras e carne dos caranguejos. “Além de conhecer a qualidade dos manguezais, estávamos querendo saber se o caranguejo poderia ser utilizado como alimento ou se estava contaminado por metais”, diz ele. Os pesquisadores utilizaram duas técnicas de análise dos materiais e utilizaram uma amostra de quase 300 caranguejos.

Quatro metais pesados (cádmio, cobre, chumbo e mercúrio), com níveis superiores aos permitidos por leis ambientais, foram encontrados nos materiais coletados em Bertioga, Cubatão, São Vicente, Cananeia e Iguape. A Estação Ecológica da Jureia foi a única área que não apresentou nenhuma contaminação. “A duas áreas extremamente contaminadas seriam Cubatão e Bertioga. Existe cobre e chumbo na água, enquanto o sedimento possui elevada concentração de cádmio e mercúrio”, diz ele. Em Cananeia e Iguape, os níveis de contaminação por mercúrio nos sedimentos também foram elevados.

Estação Ecológica Jureia Itatins, em Peruíbe (Foto: Divulgação/Prefeitura de Peruíbe) 
Estação Ecológica Jureia Itatins, em Peruíbe (Foto: Divulgação/Prefeitura de Peruíbe)

Em Bertioga, a coleta foi feita perto do Rio Itapanhaú. No primeiro momento, os pesquisadores suspeitaram que a contaminação estaria relacionada ao rio, já que não há indústrias poluentes naquela região. “O que pode estar acontecendo, nós acreditamos, é que temos um lixão na BR-101 (Rio-Santos) que foi desativado. Mesmo coberto, o lixão pode estar emitindo substâncias prejudiciais ao meio-ambiente", diz. 

Em nota, a Prefeitura de Bertioga disse que o lixão foi desativado em 2001 e as medidas de controle foram aplicadas, como cobertura e instalação de drenos para gases. Em 2014, os proprietários da área realizaram uma investigação sobre a contaminação do solo, subsolo e água subterrânea e os resultados laboratoriais não apresentaram contaminação química. O laudo e o respectivo relatório foram apresentados para a Cetesb. A Prefeitura de Bertioga protocolou um processo na Cetesb para recuperação da área do antigo lixão, uma vez que não há resultado sobre contaminação química.

Para a secretária de Meio Ambiente de Bertioga, Marisa Roitman, é impreciso correlacionar a contaminação dos caranguejos ao antigo lixão de Bertioga, que funcionou por um curto período de tempo. Isto porque, segundo ela, o sistema estuarino da Baixada Santista é interligado, sendo que a contaminação pode vir do polo industrial de Cubatão ou do Porto de Santos, por exemplo.


Marcelo fala sobre a pesquisa realizada na região (Foto: Mariane Rossi/G1) 
Marcelo fala sobre a pesquisa realizada na região (Foto: Mariane Rossi/G1)

A equipe da Unesp também verificou que os caranguejos-uçá de Cubatão têm 2,6 vezes mais células com micronúcleos do que os da Jureia, a área pristina (sem poluição). Áreas que apresentam caranguejos com uma maior quantidade de células com micronúcleos correspondem àquelas com maior concentração de poluentes, podendo repercutir em deformações. Os valores obtidos para micronúcleos estiveram correlacionados à concentração de metais pesados. 

Para o biólogo, a poluição no ambiente tem relação com as mutações encontradas nos caranguejos nos últimos anos. “Aqui na Baixada Santista, principalmente nos manguezais de Cubatão e Bertioga, existe uma maior probabilidade de serem encontrados animais com má formação do que em locais menos poluídos, por conta do grande impacto causado pelos metais”, fala. Mesmo com a instalação de filtros e outras medidas ambientais, a contaminação em Cubatão estaria relacionada à atividade das fábricas, abundantes no Polo Industrial.

Segundo o especialista, em Iguape, as fontes de metais pesados são os resíduos de mineração que vieram com o Rio Ribeira de Iguape. Já em São Vicente, as principais vias de contaminação seriam os lixões, como o Sambaiatuba, visto que, mesmo após desativados, podem continuar emitindo metais pesados por até 25 anos. Outra causa seria o lixo que se acumula nos manguezais nesta região, reflexo de desconhecimento por parte da população como um todo. Os resultados obtidos indicam que caranguejos de áreas contaminadas têm maior probabilidade de contrair parasitas, sendo um possível indicativo de seu comprometimento fisiológico.

Uma das regiões analisadas pelos pesquisadores, em São Vicente (Foto: Divulgação/CRUSTA) 
Uma das regiões analisadas pelos pesquisadores, em São Vicente (Foto: Divulgação/CRUSTA)

fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/03/poluicao-provoca-o-aparecimento-de-caranguejos-mutantes-no-litoral-de-sp.html