OUTRA CULTURA EM GUARUJÁ?
* José Antonio G. da Conceição
Neste mês das noivas e flores, finalmente, o município de Guarujá respira a discussão que se trava em torno de modificações no Plano Municipal de Cultura. A secretária Mariângela vem a público informar que estão abertas as inscrições para a eleição do Conselho Municipal de Cultura.
Mas já passaram por essa secretaria, recém-criada e finalmente desmembrada do setor de Educação formal - porém sem concretizar ou expandir os “espaços culturais” (não apenas eventos) - quatro secretários, sendo Mariângela Duarte, ex-deputada federal, a quinta e primeira mulher a ocupá-la.
Num município reconhecido como Estância Balneária desde 1934, e com características predominantemente turísticas, devido a exuberante orla, e algumas porções de importantes ecossistemas ainda intactos, Guarujá, na verdade, tem sido muito mais veranista pois não explora plenamente suas potencialidades... Muitos não sabem ou não querem enxergar esse potencial sócio econômico por puro comodismo político e econômico, já que a cidade desde os anos 70 abriga uma indústria química e grande braço portuário (erroneamente denominada “margem esquerda” do porto de Santos) .
A Cultura pode ser um ou talvez o mais importante setor aliado do turismo local, quando há competência e entrosamento entre seus gestores. Paraty, no estado do Rio de Janeiro, cidade marítima que no passado embarcava pedras preciosas e ouro das Minas Gerais, através de seu porto, recentemente descobriu e implantou importante evento cultural literário de nível internacional contribuindo ainda mais com sua imagem turística.
Outros municípios dispõem há algum tempo de museus, parques temáticos, abundância de bibliotecas e livrarias, ou seja, alguma infraestrutura física que identifique e promova a criação, valorização e disseminação de bens culturais e seus autores, criadores. Bertioga e Praia Grande são exemplo: dispõe – a primeira de Casa de Cultura e a segunda de “Palácio da Cultura” – de parciais, porém significativos espaços culturais à disposição do turista, mas também da população residente. E esses municípios estão à frente da famosa “Pérola do Atlântico” que só dispõe de um teatro (ainda fechado para reformas) e uma biblioteca pública... E não menciono agora nem a nossa “capital” metropolitana.
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