sábado, 28 de fevereiro de 2015

NOVA EPIDEMIA DE DENGUE EM ITANHAÉM-SP

Quinta-feira, 19 de Fevereiro de 2015 - 17h50
Em apenas dois meses

Com 67 casos  confirmados, Itanhaém poderá viver nova epidemia de dengue

* Carolina Iglesias

N/A
Pacientes devem procurar Unidade de Saúde da Família
Apesar de ter registrado um número inferior de casos, comparado com Peruíbe, município vizinho, Itanhaém está próxima de viver uma nova epidemia de dengue. Em estado de alerta para a doença, a Cidade já concentra 67 casos em apenas dois meses. O mais alarmante é que, no mesmo período, no ano passado, o Município contabilizava apenas três casos da doença.

Segundo informações da Prefeitura, neste momento, a Cidade está em estado de alerta para a doença. Por enquanto, a região do Umuarama concentra o maior número de casos. Para ser decretada epidemia, deverão ser registrados 280 casos na Cidade.


Mas, apesar de necessária a confirmação de 213 casos, o secretário de Saúde de Itanhaém, Francisco Garzon, estima que isso possa ocorrer no início de março. Isso porque, na Cidade há mais de 400 casos aguardando a confirmação do quadro. Diariamente, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), recebe em torno de 100 pessoas com sintomas da dengue.

Em entrevista à TV Tribuna, Garzon afirmou que a Administração Municipal “tem feito a lição de casa”, porém a população deve se conscientizar para evitar a proliferação do mosquito no Município.

”Temos estruturado a nossa saúde. Temos agentes comunitários passando de casa em casa, além de agentes de endemia fazendo a nebulização nas áreas onde aparecem índices larvários.  A situação é muito preocupante. Mas precisamos dar um choque de consciência na população. Não queremos responsabilizar ninguém. Não se trata disso. Só queremos que a população faça o seu dever de casa”, comentou.

Para evitar a sobrecarga da Unidade de Pronto Atendimento, a Administração Municipal recomenda que a população que sentir sintomas relacionados à dengue, deve procurar as Unidades de Saúde da Família (USF), espalhadas por diversas regiões de Itanhaém, que abrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17 horas.

A Prefeitura também ressalta que nestas unidades, o paciente recebe atendimento imediato, além de colher exames laboratoriais e receber orientações de hidratação, repouso e controle da temperatura.
Confira abaixo os endereços das Unidades de Saúde da Família:

USF Belas Artes: Rua Henrique Júlio Lima, 112, Belas Artes
USF Centro: Rua Artur Bernardes, 28, Centro
USF Coronel: Avenida Domingos Perez, 734, Jd. Coronel
USF Gaivota: Av. Flacides Ferreira, 500, Gaivota
USF Grandesp: Av. Pedro Carlos Gerônimo Soares, 1.074 - Jd. Grandesp
USF Guapiranga: Rua Aristeu Rodrigues da Silva, s/nº - Guapiranga
USF Loty: Rua Vereador Casemiro Guimarães Júnior, 424
USF Oásis: Rua Estanislau Gerônimo, 418 – Oásis
USF Savoy: Rua Jaime Lino dos Santos, 290 - Savoy
USF Suarão: Avenida Padre Teodoro Ratisbone, 921 - Suarão

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

FALTA DE CONSCIENTIZAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL (olhaí secretário Fabião) AJUDAM A PROVOCAR ALAGAMENTOS E ENCHENTES

Cotidiano
16 de fevereiro de 2015 às 10h31

Santos: limpeza deve ajudar no escoamento de água

Serviço foi realizado pela concessionária do SAI, Ecovias, a pedido da Prefeitura. A maior parte do volume dragado é composta por garrafas PET, sacolas plásticas e restos de móveis

Da Reportagem

A retirada de 32 caminhões carregados de lixo, lama e resíduos sólidos foi o saldo inicial da  limpeza de valas de drenagem na entrada da Cidade, às margens da Rodovia Anchieta.  Por solicitação da Prefeitura, o serviço foi realizado nos últimos dias pela Ecovias, em área administrada pela concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes.

Neste final de semana,  a concessionária iniciou o desassoreamento de três tubulações existentes entre a Rua Boris Kaufman e a intersecção entre a Marginal e o Rio Furado, na Vila Alemoa, no Bairro Chico de Paula.  Essas tubulações são os principais meios de condução de águas pluviais da Avenida Nossa Senhora de Fátima e a Rua Ana Santos. Em razão da complexidade técnica do serviço,  uma nova intervenção será programada pela Ecovias, com a execução feita por meio de uma empresa especializada.

Os serviços são monitorados pela Subprefeitura da Zona Noroeste, que montou um grupo exclusivo de mão-de-obra para retirada de lixo jogado nas valas que cortam a Vila Alemoa. Os resíduos acumulados reduzem o leito da rede de drenagem e entopem as tubulações, contribuindo para os riscos de alagamentos das vias com as fortes chuvas, principalmente em dias de maré alta.   

“Após a conclusão desse trabalho, acreditamos que haverá uma melhora significativa no tempo de escoamento da água na entrada da Cidade, algo em torno de 50%. Porém, o fim das enchentes dependerá da conclusão de todas as etapas das obras de macrodrenagem do programa Santos Novos em Tempos, que tem prazo de 5 anos para a sua conclusão”, explicou o subprefeito da Zona Noroeste, engenheiro Acácio Egas.  

35 toneladas de lixo
Na última sexta-feira, dia 13, a Prefeitura retirou, em apenas oito horas de trabalho, 35 toneladas de resíduos do canal que fica em São Vicente, na divisa com a Zona Noroeste, no Bairro Castelo. A maior parte do volume dragado é composta por garrafas PET, sacolas plásticas, restos de móveis, animais mortos e entulho de construção.  O lixo é procedente do descarte irregular feito por moradores do Castelo e Rádio Clube, em Santos, e do Dique Sambaiatuba, em São Vicente.

Todo esse lixo, inevitavelmente, acaba parando no Rio dos Bugres, que marca a divisa dos municípios e faz ligação com o Mar Pequeno, no lado vicentino da Ilha. Quando chove, o excesso de lixo acumulado dificulta a passagem da água da chuva. Por conseqüência, ruas da Zona Noroeste e São Vicente ficam rapidamente alagadas, agravando ainda mais os transtornos dos que vivem na região.   

Operação resultou na retirada de 32 caminhões lotados de lixo, lama e resíduos sólidos (Foto: Divulgação)
Operação resultou na retirada de 32 caminhões lotados de lixo, lama e resíduos sólidos (Foto: Divulgação)
O material removido foi transportado até uma área de transbordo para secagem antes de ser levado ao aterro sanitário localizado na Área Continental de Santos. “É um trabalho incansável. Limpamos hoje e poucos dias depois já tem lixo novamente boiando nos canais e rios. Dobramos a equipe de limpeza e colocamos maquinários pesados para agilizar o serviço. Só que os moradores também precisam colaborar, jogando o lixo nas lixeiras e contentores distribuídos por toda a região”, apelou o subprefeito. 

Resíduos retirados dos canais crescem mais de 1000% em dois anos
A quantidade de resíduos sólidos removidos dos canais de Santos cresceu 1.059,8%, em apenas dois anos. De acordo com levantamento feito pela Secretaria de Serviços Públicos de Santos, 1.015 toneladas de detritos foram retiradas em serviço de desassoreamento de canais, em 2012. Já em 2014, o total passou para 11.772 toneladas, ou seja, um volume 10 vezes maior.
 
O aumento é decorrência do uso de retroescavadeiras e a ampliação do efetivo da equipe de limpeza pela Prefeitura. Antes, o serviço era feito manualmente por funcionários com a utilização de pás e enxadas.  A maior parte dos sedimentos é formada por lama e lodo, mas há também muito lixo e entulho jogados por moradores ou levados pela água das chuvas por estarem em locais inadequados ou colocados nas calçadas fora do horário regular da coleta de lixo.
No mesmo período foi registrado crescimento de 45,8% no serviço de remoção de resíduos de galerias, ramais e canaletas. Em 2012, a Prefeitura limpou de 119.863 metros contra 174.766 metros em 2014. Houve ainda aumento de 26,55% no número de bocas de lobo, poços de visita, caixas de areia na praia e sopé de morro que receberam serviços de limpeza: de 16.816 para 21.282 unidades, nos últimos dois anos.

Conscientização
No dia 24 de fevereiro, a Prefeitura vai lançar uma grande campanha de conscientização ambiental sobre os riscos que envolvem o descarte irregular do lixo e as opões para o uso de resíduos reciclados como meio alternativo de geração de renda. As ações fazem parte do programa Cidade Sem Lixo, criado em 2014 a partir da aprovação de lei municipal que prevê aplicação de multa para quem jogar lixo nas ruas.

Sob a coordenação da Secretaria de Comunicação e Resultados, a campanha é desenvolvida em conjunto com as secretarias municipais do Meio Ambiente, Educação, Saúde, Cultura, Assistência Social, Serviços Públicos, Infraestrutura e Edificações, Finanças, Ouvidoria e Gabinete do Prefeito.

Para os dias 27 e 28 de fevereiro e 1º de março estão previstas intervenções educativas e artísticas em vários pontos da Cidade. O objetivo é chamar atenção sobre o assunto e ampliar a participação da sociedade nas ações ambientais.
Para ler mais notícias, curta a página do Diário do Litoral no Facebook, siga nosso Twitter ou adicione ao Google+
Link  

PESCA DE PARELHA É PREDATÓRIA, MAS CONTINUA DEGRADANDO O ECOSSISTEMA MARINHO BRASILEIRO


27/07/2013 06h52 - Atualizado em 25/01/2014 07h10

Pesca de parelha é muito comum nas regiões Sul e Sudeste do Brasil

Modalidade utiliza duas embarcações e uma rede presa entre elas

No litoral de São Paulo, a pesca de parelha é realizada por barcos de tamanho médio, que podem carregar até 20 toneladas de peixes (Foto: Divulgação) 
No litoral de São Paulo, a pesca de parelha é realizada por barcos que podem carregar 20 toneladas de peixes (Foto: Divulgação)

Nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, é comum observar barcos navegando em pares, arrastando grandes redes de pesca que podem capturar mais de 50 toneladas de peixe por período de trabalho. Por essa característica - de navegar em pares - esse tipo de pesca é conhecido como pesca com arrasto de parelha. Relativamente barata e de grande retorno financeiro, essa modalidade é responsável pela captura de diversas espécies de peixes de menor valor financeiro, consumidas por pessoas de menor poder aquisitivo.

O biólogo Matheus Rotundo, pesquisador do Acervo Zoológico da Universidade Santa Cecília, em São Paulo (SP), explica que a pesca de parelha é uma das mais antigas e difundidas do mundo. Na técnica, dois barcos arrastam uma única rede, que atua em contato com o fundo do oceano. "Pesos de chumbo na parte inferior e boias na parte superior da rede mantêm a abertura vertical da boca", explica Matheus. O biólogo conta que a abertura horizontal da rede - ligada aos barcos por meio de cabos de aço - depende da distância entre as embarcações.

Na Região Sudeste, as embarcações possuem um tamanho médio, isso é, podem carregar de 20 a 50 toneladas de peixes. Já na Região Sul do país, as embarcações são consideradas de grande porte, possuindo capacidade maior que 50 toneladas. Matheus explica que ainda há prática de pesca de parelha no Norte do Brasil, utilizando barcos menores que nas demais regiões: "Na Região Norte, ainda é possível observar essa modalidade de pesca de arrasto categorizada como artesanal", comenta. A pesca é caracterizada como artesanal quando os barcos podem carregar até 20 mil quilos de pescado.

Pesca multiespecífica
Matheus explica que a pesca de parelha é direcionada a peixes de diversas espécies, associados à regiões de fundo do oceano. “Alguma das principais espécies comercializadas no Brasil são pescadas por meio dessa técnica”, comenta Matheus. Peixes como corvina (Micropogonias furnieri), pescada-amarela (Macrodon atricauda), goete (Cynoscion jamaicensis), bagre (Genidens barbus), além de espécies de cação e raias chegam aos mercados brasileiros vindo da pesca de parelha.

A frota de parelhas, de acordo com Matheus, é responsável pela quantidade e regularidade do fornecimento das espécies de peixe mais comercializadas no varejo. “Parte dessa produção é de baixo valor econômico, vendido por pequenos comerciantes para o consumo da população de baixa renda”, comenta.

Reduzindo impactos ambientais
O biólogo conta que, como toda pesca de arrasto, a modalidade de parelha causa impactos ambientais. Porém, em sua opinião, essa técnica sempre foi vista de uma forma preconceituosa. “Os principais prejuízos à natureza estão na fauna descartada ou rejeitada”, diz. Ele explica que animais - peixes, mariscos, tartarugas e mamíferos marinhos - de espécies e tamanhos fora do procurado acabam se prendendo nas redes e morrendo.

Apesar de causar tais impactos, para Matheus, a pesca de parelha provoca um dano ao meio ambiente menor do que o público acredita. “Se compararmos a principal modalidade de pesca artesanal, voltada para o camarão sete-barbas, vemos que os danos causados por essa frota são maiores que o da frota de parelha”, comenta. Segundo estudos realizados pelo biólogo, para cada quilo de camarão pescado, há dez quilos de animais capturados por engano. Ele diz que a pesca artesanal, praticada por um número  maior de pessoas, causa um impacto também maior.

Matheus explica que a pesca acidental pode ser evitada por meio de dispositivos colocados na rede de pesca. Na parte superior, deve ser inserida uma espécie de grade, que evitaria a entrada de peixes e tartarugas, além de sua soltura sem dificuldade. “Também podem ser colocados dispositivos que permitam a fuga de peixes menores que os alvos da pesca”, garante.

Acervo Museu da Pessoa
O Museu da Pessoa, que há 20 anos registra histórias de indivíduos para transformá-las em fontes de conhecimento, destacou em seu acervo histórias de de trabalhadores que tiram seu sustento da pesca e mantém uma relação consciente a respeito da preservação do litoral.

É o caso de Maria Aparecida Mendes, nascida em em Batalha (AL), em 1971 (Assista ao vídeo ao lado). Pequena, mudou-se para Sobradinho (BA), desde cedo ajudava o pai no ofício da pesca. Fabrica os próprios materiais e é a primeira mulher a conseguir licença de pescadora.
 

Confira também o depoimento de Ivo Augusto Souza, ao lado. Os mistérios do mar são a rotina de Ivo há cinco décadas. Passou sua infância com os pais executando tarefas ligadas à vida marinha. Aprendeu a ser pescador e de suas vivências guarda algumas memórias típicas de homens que se dedicam a viver longe das pessoas da terra.

O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo de relatos de vida. Toda e qualquer pessoa é convidada a contar histórias e a explorar o acervo de narrativas em textos, imagens, vídeos e áudios. E você pode participar dessa iniciativa contando sua história. Tem material relacionado à pesca? Envie para o Museu da Pessoa.

fonte: http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2013/07/pesca-de-parelha-e-muito-comum-nas-regioes-sul-e-sudeste-do-brasil.html