criticar, elogiar ou colaborar com textos (matérias, artigos), fotos, vídeos ou através de carta assinada (nunca em 'anônimo'), ENVIE PARA) jagjornalista@gmail.com V O T E NAS E N Q U E T E S!

quinta-feira, 25 de julho de 2013


Funcionários da Funai detidos devido a problemas na Sesai. Como entender isso?

Desde o dia 15, segunda-feira, uma comissão de indígenas ocupou o Pólo Base da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) sediado no município de Peruíbe reivindicando o atendimento às demandas que já foram inclusive acordadas em reuniões ocorridas no ano corrente junto ao Coordenador do DSEI Litoral Sul (Distrito Sanitário Especial Indígena), Sr. Paulo Camargo, uma vez que os compromissos não estão sendo cumpridos: nas aldeias segue faltando o atendimento pelas equipes de saúde, que por sua vez acusam a falta de veículos para que cheguem até os locais de atendimento. Após a ocupação, os funcionários do pólo foram detidos apenas para garantir que houvesse o diálogo com o Sr. Paulo Camargo, que agendou uma reunião com os indígenas na sexta-feira, dia 19 de julho.
Após a ocupação pelos indígenas do Pólo Base da Sesai em Peruíbe, a Funai participou das negociações para garantir uma reunião com a Sesai, com intervenção do Ministério Público e da Polícia Federal, em troca da liberação dos funcionários da Sesai que eram mantidos detidos pelos indígenas. Porém, a Sesai não compareceu à reunião acordada e a Funai do Litoral Sudeste, em Itanhaém, sofre neste momento, por tabela, a sua ocupação ocasionada da total falta de compromisso e responsabilidade da Sesai no atendimento às aldeias e sua incapacidade de negociação e diálogo com os indígenas.
Entretanto, frente à falta de diálogo com a Sesai, seis servidores da Funai se encontram detidos neste momento e cerceados do direito de ir e vir pelos indígenas que reivindicam a melhoria do atendimento à Saúde Indígena junto à Sesai.
É preciso esclarecer a todos que a execução desta ação não passa em nenhum momento pelo crivo da Funai, que não tem poder algum sobre ela, mas que cabe somente acompanhar a sua execução, ou seja, reproduzir a reclamação dos indígenas, o que tem sido feito seguidamente nestes dois anos e meio de existência da Sesai.
Acrescente-se a isto o momento delicado em que se encontra a Funai, sofrendo ataques seguidos e sistemáticos dos três poderes, executivo, legislativo e judiciário, e a fúria devastadora do latifúndio e do agronegócio, todos querendo enfraquecer o papel da Funai na demarcação das Terras Indígenas e arruinar de vez o acesso dos indígenas a suas terras tradicionalmente ocupadas ainda não regularizadas.
A situação da Saúde Indígena no Estado de São Paulo, que já não era exemplar durante o período de 10 anos com a Funasa (Fundação Nacional da Saúde), declinou gravemente a partir da transferência desta Ação Orçamentária para o Sesai, e já no primeiro ano da transição as cobranças dos indígenas se transformaram em um jogo de empurra entre os dois órgãos, que terminavam por não resolver os problemas apresentados. Depois da Funasa sair definitivamente do cenário, o Coordenador do Sesai ainda levou mais de dois anos para fazer sua primeira conversa com os indígenas no Estado de São Paulo, criando entre os indígenas a sensação de abandono frente à demanda pelo atendimento diferenciado compreendido pelas peculiaridades geográficas e culturais destes povos. As aldeias indígenas encontram-se em locais que muitas vezes não são atendidos pelo sistema público de transporte, e a insegurança se agrava em relação aos casos de emergência.
As equipes estão muitas vezes despreparadas para compreender e respeitar as práticas tradicionais de saúde em indígenas, gerando em muitos casos desentendimentos e conflitos que podem ser evitados. Outro problema gravíssimo envolve as condições de Saneamento, devido à precariedade no tratamento da água, falta de material para a manutenção da captação e distribuição, péssima política para o tratamento dos dejetos, sem sustentabilidade ambiental e prejudicando consequentemente os indígenas que habitam estes locais.
A falta de Saneamento adequado, responsabilidade também da Sesai, é a fonte de muitos dos problemas de Saúde que poderiam ser evitados com esta ação básica de prevenção. Será que vão continuar deixando morrer crianças indígenas, anciãos e pessoas que necessitam de acompanhamento médico e medicamentos controlados?
Histórico da transição Funasa para Sesai
A Funasa durante mais de dez anos foi usada e abusada por uns tantos esquemas de corrupção como quase todos os setores da saúde do país. O próprio modelo de gestão já dava desde o início toda a abertura para que isto acontecesse, espirrando o dinheiro da saúde indígena nos municípios e no terceiro setor sem o devido controle público.
Os protestos das comunidades indígenas foram constantes, mesmo com as seguidas investidas dos envolvidos nos esquemas políticos no sentido da cooptação de lideranças, no que muitas vezes fracassaram. Tudo isto fez com que este serviço básico afundasse ainda mais e a relação com as comunidades fosse cada vez mais desgastada. Foram mais de dez anos sem que se tenha visto um programa sequer de nível nacional atendendo às reivindicações das comunidades para a valorização da medicina tradicional indígena, que sequer era respeitada, ou para o combate à dependência química, principalmente do álcool, nem houve qualquer programa em nível nacional para a promoção de sistemas de saneamento adequados à realidade indígena e rural. Enfim, elementos básicos para se vislumbrar um atendimento à saúde diferenciado.
A Funasa, com o corpo de funcionários afogado na burocracia e equipes de saúde terceirizadas, muitas vezes se resumiu a repassar verbas nem sempre utilizadas de forma correta e a disponibilizar veículos e motoristas para levar os indígenas para serem atendidos na cidade pelo SUS, no que sempre houve muita inconstância. Só nos últimos cinco anos em que a saúde indígena esteve sob responsabilidade da Funasa foram desviados mais de meio bilhão de reais.
Passou-se o ano de 2010 com a perspectiva de que a ação de saúde indígena iria ser transferida da Funasa para a nova Secretaria de Saúde Indígena a ser criada. Em 2011 a transferência da ação de saúde indígena da Funasa para a Sesai foi mais de uma vez protelada, e muitas vezes não se sabia a quem recorrer: se à Funasa, que alegava estar encerrando suas ações de saúde indígena, ou à Sesai, que alegava estar ainda em processo de estruturação e por este motivo ainda não havia assumido a ação.
O jogo de empurra durante o ano de 2011 entre Funasa (Fundação Nacional da Saúde) e Sesai (Secretaria de Saúde Indígena) só fez com que esta ação definhasse.
Recapitulando com maiores detalhes: durante o ano de 2011, houve inúmeros casos de falta de medicamentos, dificuldade das equipes de saúde em se deslocar para as aldeias, inacessibilidade dos indígenas ao serviço de transporte dos enfermos, principalmente em casos de urgência, omissão no controle da qualidade da água nos sistemas de abastecimento, falta de água causada por omissão na manutenção e reposição de materiais, morosidade ou mesmo inoperância na instalação e manutenção de sistemas de saneamento.
Um caso emblemático foi o da aldeia Tangará, em Itanhaém – SP, onde entre 2010 e 2011 vieram a óbito quatro crianças. Em uma delas foi feita biópsia e foi constatado forte indício de que a anemia profunda que sofria foi causada por contaminação da água e levou à morte da criança. Uma servidora pública que vinha acompanhando com preocupação a situação desta comunidade e pretendia investigar inclusive a qualidade da água foi vetada por pessoas da Funasa de prosseguir com suas visitas à aldeia. Todos estes problemas se repetiram nos anos de 2012 e 2013.
Entretanto, uma dúvida: Foi a crise permanente da Funasa na ação de saúde indígena que motivou a criação da Secretaria de Saúde Indígena – SESAI? Será que devemos ser otimistas em relação às decisões dos mesmos governantes que tantas provas nos deram do amor que têm pelo povo? Hoje, em 2013, a responsabilidade da ação de saúde indígena está toda na Sesai, porém, simplesmente iniciamos o ano novamente sem qualquer ação na área da saúde: as equipes não têm condições de serem transportadas, pois os carros estão parados.
Apesar de haver se passado dois anos da criação da Sesai, será que não houve tempo hábil para a transição? Será a falta de contratos, licitações para combustível, manutenção de veículos? Não existe uma série de argumentos jurídicos e administrativos que tratam da emergência no atendimento à saúde com os quais se dispensam de licitação até mesmo ambulâncias e equipamentos caríssimos, frequentemente utilizados para o desvio de verbas? Por outro lado, vemos argumentos referentes às mudanças na gestão da saúde indígena, no sentido da otimização dos recursos públicos. Pergunto: Será ótimo para quem? Otimizar para reduzir as verbas realmente aplicadas na ponta e continuar a alimentar a máquina burocrática e o desvio? Otimizar o clientelismo político?
Haveremos de ver uma verdadeira reestruturação do atendimento público à saúde indígena, onde os altos recursos que hoje são sugados pela máquina e pela corrupção sejam investidos realmente em saúde? Uma na qual haja o apoio à medicina tradicional, à fitoterapia e às formas indígenas próprias de curar enfermidades de ordem mental, espiritual, que venham a contribuir até mesmo no tratamento de casos como a dependência química dentre outros problemas advindos do contato com a sociedade não-indígena? Para que isto aconteça estamos certos da necessidade primordial da organização das comunidades indígenas neste sentido e dos trabalhadores que com elas atuam ou que a elas se sintam sensibilizados, pois isto não será realizado por nenhum governante. Pretendemos com estas palavras não apenas a denúncia, que por si não tem a capacidade de transformar a realidade, mas conclamar a sociedade, indígena ou não, que conscientes do direito fundamental à saúde, viremos o jogo a nosso favor por meio da organização, da prática e da luta!

terça-feira, 23 de julho de 2013

ME ENGANA QUE EU GOSTO... GOVERNADOR!

Cotidiano                                                                                                 
22 de julho de 2013 às 20h30

Tarifa: VLT custará o mesmo que o ônibus

Durante o fim de semana, o presidente da empresa e o secretário nacional de Mobilidade Urbana vistoriaram as obras em São Vicente

Da Reportagem


"O VLT vai custar o que custa a passagem hoje. Não tem alteração de preço. Exatamente a passagem do ônibus hoje". A declaração foi pelo presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes, durante vistoria nas obras do trecho Barreiros-Conselheiro Nébias do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), em São Vicente.

Lopes acompanhou, no último final de semana, o secretário-executivo de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Julio dos Santos, durante visita ao canteiro de obras instalado na Linha Amarela (Av. Martins Fontes), encerrando a visita no local onde será construído o Terminal Barreiros.

Joaquim Lopes vistoriou as obras do trecho Barreiros-Conselheiro Nébias do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) (Foto: Divulgação)
Joaquim Lopes vistoriou as obras do trecho Barreiros-Conselheiro Nébias do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) (Foto: Divulgação)

De acordo com o secretário nacional, os trens devem chegar à região em junho de 2014, mas a ideia é antecipar a entrega para maio. "Nós temos uma etapa que ainda não foi licitada, que é a etapa que vai levar da Conselheiro até o Porto, onde vai ser o pátio de manutenção e o pátio dos trens", disse Santos.

As obras do VLT, que terão o Governo Federal como um dos financiadores e o investimento do Governo do Estado, começaram há quase um mês e devem ser encerradas em junho de 2014, quando os veículos começarão a circular.

Acompanharam a vistoria o superintendente de Engenharia e Obras da EMTU/SP, Luiz Carlos Grillo, o engenheiro responsável pelo empreendimento, Carlos Romão Martins, o gerente regional da EMTU/SP na Baixada Santista, Rogério Plácido, e o gerente de contrato do Consórcio Expresso VLT Baixada Santista, Adriano Cunha.

sábado, 20 de julho de 2013

CONHECER A NATUREZA, OPÇÃO DE FÉRIAS EM SANTOS (SP)

Férias

Inscrições abertas para visitação ao Jardim Botânico de Santos

De A Tribuna On-line
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Santos está com inscrições abertas para visitas monitoradas no Jardim Botânico Chico Mendes, no Bom Retiro.

O objetivo é possibilitar maior interação do público com a natureza. O serviço é voltado para escolas municipais, particulares e empresas

Créditos: Tadeu Nascimento/PMS

O Jardim Botânico Chico Mendes, no bairro Bom Retiro, em Santos, está aberto para visitação

O atendimento aos grupos (máximo 40 pessoas) é feito pela equipe da Seção de Educação Ambiental. São diversas atividades como passeio pelas 17 coleções botânicas, oficinas de papel reciclado, trilhas, palestras e uma brinquedoteca. 

Os agendamentos podem ser feitos pelo telefone

3209-8410.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

NOVA MANIFESTAÇÃO EM GUARUJÁ HOJE?

Manifestantes devem acampar em frente à Prefeitura de Guarujá nesta quarta-feira

Grupo quer reunião com a prefeita Maria Antonieta para definir possível redução das tarifas do transporte público

Grupo já havia se manifestado em frente à Câmara na segunda-feira (Foto: DIvulgação)
             Grupo já havia se manifestado em frente à Câmara na segunda-feira (Foto: DIvulgação)
Da Reportagem
Atualizado em 16 de julho de 2013 às 23h08

Um grupo de manifestantes deverá acampar nesta quarta-feira (17), a partir das 9 horas, em frente à Prefeitura de Guarujá para obrigar a prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) a abrir um canal de negociação visando nova redução das tarifas do transporte público na Cidade. Segundo um dos responsáveis pelo movimento, Tiago Quaresma, a ideia vem sendo divulgada pela Internet e os 
manifestantes pretendem ficar no local até conseguir o objetivo.

Na última segunda-feira, o mesmo grupo se manifestou em frente à Câmara de Guarujá, durante a visita da deputada Vanessa Damo (PMDB). 

Munidos de cartazes, os manifestantes mostraram indignação contra o preço da tarifa e a qualidade do serviço prestado, a saúde, educação e segurança, além de demonstrar as autoridades da cidade que estão atentos.



domingo, 7 de julho de 2013

POLÊMICA COM O DIRETOR PRESIDENTE DO HSA EM GUARUJÁ


Presidente de hospital de Guarujá é assessor de vereador em Santos

por Carlos Ratton

Atualizado em 04 de julho de 2013 às 11h03

Urbano Bahamonde Manso é diretor presidente do Hospital Santo Amaro e assessor parlamentar do vereador santista Hugo Duppre (PSDB)

Pois bem, mudando de uma função para outra, não é preciso ser especialista em Saúde para saber que quem trabalha em hospital também não tem tempo para quase nada. Se a pessoa possui cargo de comando, a responsabilidade que o posto lhe confere praticamente o impede que tenha outra atividade.

No entanto, na Região, um homem consegue aliar os dois empregos: Urbano Bahamonde Manso. Advogado por formação, ele consegue ser assessor parlamentar do vereador santista Hugo José Duppre (PSDB) e, ao mesmo tempo, nada menos que diretor presidente do Hospital Santo Amaro (HSA), em Guarujá — um dos mais problemáticos da Região.


Manso Bahamonde é diretor presidente do hospital e assessora o vereador Hugo Duppre (Foto: Montagem/DL)


A Reportagem descobriu a façanha por intermédio de uma denúncia e confirmou tudo junto ao Diário Oficial de Santos que, no último dia 27, na página 16, publicou a declaração de bens do advogado, atestando sua nomeação no gabinete de Duppre. 

Ontem, o Diário do Litoral ligou para os dois locais que Manso “bate cartão”. No Santo Amaro, ele trabalha segunda, quarta e sexta-feira somente no período da tarde e, terças e quintas-feiras no período integral.


Na Câmara, o horário do presidente do hospital deveria ser menos flexível, pois assessor parlamentar é obrigado, por lei, a trabalhar todos os dias, oito horas. Quem atendeu a Reportagem ontem, às 13 horas, disse não conhecer Manso.

A assessoria de imprensa da Câmara confirmou ontem que, de acordo com a Diretoria Administrativa da Casa, um assessor parlamentar tem que trabalhar no mínimo 8 horas por dia. Conforme determinado pela Ordem de Serviço 134/2013, o controle de frequência é feito em folhas de ponto destinadas a esta finalidade.

Assessor parlamentar trabalha de segunda à sexta-feira e também aos sábados e domingos, a critério de cada vereador. Isso porque o assessor parlamentar pode, por exemplo, representar o vereador em solenidades ou eventos, quando assim for determinado.

Conforme especificado no Ato da Mesa nº 9/1999, as funções do assessor parlamentar são: secretariar e assessorar o vereador; promover a elaboração, datilografia ou digitação de proposituras, ofícios e outros documentos, e acompanhar o seu trâmite até o arquivamento.

Também cuidar da expedição e recebimento de correspondências; organizar a agenda do vereador; receber e encaminhar processos mediante orientação do vereador; representá-lo em solenidades e eventos quando assim for determinado e executar atribuições inerentes ao cargo, quando assim for determinado pelo vereador.