Greve dos professores é mantida em Guarujá
Em assembleia no estacionamento do Paço, cerca de 600 professores rejeitaram o abono de R$ 200 oferecidos pela Administração e confirmaram greve por tempo indeterminado
por Carlos Ratton
A queda de braço continua entre professores e a Prefeitura de Guarujá. Ontem de manhã, cerca de 600 educadores, em assembleia em frente ao Paço Municipal, rejeitaram por unanimidade o abono de R$ 200,00 oferecidos pela Administração e resolveram manter a greve por tempo indeterminado. A iniciativa foi capitaneada pelo Sindicato dos Professores de Escolas Públicas Municipais de Guarujá e Região (Siproem).
Guarujá tem 1.800 professores na rede municipal e o abono não incorpora aos salários, não incide sobre direitos trabalhistas – férias, 13º salário e outros - e ainda pode ser suspenso a qualquer momento, caso a municipalidade tenha que conter despesas por motivos alheios à Educação. Essas são as razões do descontentamento geral dos professores, que ratificaram o pedido de 8% de reajuste.
Um esquema especial foi montado pelo Siproem para garantir que os educadores registrem o ponto, ratificando salários e todos os direitos mesmo estando parados. O Sindicato não descarta ingressar com uma ação judicial caso a categoria rejeite a proposta da Prefeitura. Das 26 escolas, sete estão fechadas e 19 atendem parcialmente, conforme esquema montado pelo Siproem.
Ontem, os professores decidiram criar grupos de comando de greve, com o objetivo de visitar as escolas e convencerem os educadores que ainda estão fora do movimento. Também ficou decidido propor à Administração o desmembramento do projeto de lei encaminhado à Câmara.
A proposta dos professores era que fossem apresentados dois projetos. Um somente englobando o reajuste de 0,5% (que contraria os professores e outros segmentos do funcionalismo) e outro corrigindo as tabelas (que os professores são a favor). “100% dos servidores são contra os 0,5% e o desmembramento vai liberar que os demais servidores cobrem de seus sindicatos uma nova posição”, acredita o professor Valter Batista, autor da ideia, que foi descartada ontem mesmo pelo Executivo.
Guarujá tem 1.800 professores na rede municipal e o abono não incorpora aos salários, não incide sobre direitos trabalhistas – férias, 13º salário e outros - e ainda pode ser suspenso a qualquer momento, caso a municipalidade tenha que conter despesas por motivos alheios à Educação. Essas são as razões do descontentamento geral dos professores, que ratificaram o pedido de 8% de reajuste.
Um esquema especial foi montado pelo Siproem para garantir que os educadores registrem o ponto, ratificando salários e todos os direitos mesmo estando parados. O Sindicato não descarta ingressar com uma ação judicial caso a categoria rejeite a proposta da Prefeitura. Das 26 escolas, sete estão fechadas e 19 atendem parcialmente, conforme esquema montado pelo Siproem.
Ontem, os professores decidiram criar grupos de comando de greve, com o objetivo de visitar as escolas e convencerem os educadores que ainda estão fora do movimento. Também ficou decidido propor à Administração o desmembramento do projeto de lei encaminhado à Câmara.
A proposta dos professores era que fossem apresentados dois projetos. Um somente englobando o reajuste de 0,5% (que contraria os professores e outros segmentos do funcionalismo) e outro corrigindo as tabelas (que os professores são a favor). “100% dos servidores são contra os 0,5% e o desmembramento vai liberar que os demais servidores cobrem de seus sindicatos uma nova posição”, acredita o professor Valter Batista, autor da ideia, que foi descartada ontem mesmo pelo Executivo.

(Foto: Luiz Torres/DL)
Votação na Câmara
Uma nova manifestação pode ocorrer hoje e amanhã, às 10 horas, pois o presidente da Câmara, vereador Marcelo Squassoni (PRB), em sessões extraordinárias, colocará as propostas de correção das tabelas salariais dos servidores do Município (PLC 007/2014) e de reajuste anual da categoria (PL 076/2014).
No caso do PLC 007/2014, ele terá que ser analisado em dois turnos, pelo fato de interferir no Estatuto do Servidor. Já o PL 076/2014 depende apenas de uma única votação para ser promulgado.
Semana passada, dezenas de professores da rede municipal lotaram as galerias da Câmara e impediram que os vereadores colocassem em votação o projeto de lei que prevê a correção das tabelas de remuneração do funcionalismo, que para os professores representa 0,5% para o PBI; 1,0% PBII e 2,5% PBIII.
Uma nova manifestação pode ocorrer hoje e amanhã, às 10 horas, pois o presidente da Câmara, vereador Marcelo Squassoni (PRB), em sessões extraordinárias, colocará as propostas de correção das tabelas salariais dos servidores do Município (PLC 007/2014) e de reajuste anual da categoria (PL 076/2014).
No caso do PLC 007/2014, ele terá que ser analisado em dois turnos, pelo fato de interferir no Estatuto do Servidor. Já o PL 076/2014 depende apenas de uma única votação para ser promulgado.
Semana passada, dezenas de professores da rede municipal lotaram as galerias da Câmara e impediram que os vereadores colocassem em votação o projeto de lei que prevê a correção das tabelas de remuneração do funcionalismo, que para os professores representa 0,5% para o PBI; 1,0% PBII e 2,5% PBIII.
Os professores resolveram, também ontem, manter os encontros em frente ao Paço e existe a possibilidade de uma vigília permanente no estacionamento da Prefeitura e uma passeata para os próximos dias, interditando a Avenida Puglisi, de grande movimentação no centro da Cidade.
A presidente do Siproem, Joanice Gonçalves, após descer do carro de som, disse que o sindicato vai agendar reuniões também em locais fechados, para decidir os rumos da greve. “É melhor para tirar dúvidas e obter esclarecimentos jurídicos”, disse.
O advogado do Sindicato, Rogério Mehanna, disse ontem que a proposta de 8% será reencaminhada à Administração e também a de separação do projeto aprovado pela categoria. “Vamos aguardar um posicionamento da Prefeitura e esperamos resolver a questão em uma nova reunião. Caso contrário, vamos à Justiça”, finaliza.
Prefeitura
Conforme já revelado, a Prefeitura de Guarujá esclarece que a proposta de reajuste do salário dos servidores não pode ser desmembrada, pois a lei trata de um único escopo de reajuste que contempla o escalonamento de índices para as mais diversas categorias.
Com relação à greve, a Administração ressalta que, apesar de não ter sido notificada oficialmente, tomará as medidas administrativas e judicias necessárias com objetivo de resguardar e não prejudicar as crianças e adolescentes da rede municipal de ensino.
Conforme já revelado, a Prefeitura de Guarujá esclarece que a proposta de reajuste do salário dos servidores não pode ser desmembrada, pois a lei trata de um único escopo de reajuste que contempla o escalonamento de índices para as mais diversas categorias.
Com relação à greve, a Administração ressalta que, apesar de não ter sido notificada oficialmente, tomará as medidas administrativas e judicias necessárias com objetivo de resguardar e não prejudicar as crianças e adolescentes da rede municipal de ensino.