Guerrilheiro ambiental

Uma escola sem árvores pode ser considerada bonita, moderna e amiga do ambiente?

Já faz algum tempo que eu tenho acompanhado determinadas propagandas institucionais da Administração Municipal apresentando ufanisticamente o novíssimo e milionário Centro Educacional Unificado (CEU), no Centro de Cubatão, como uma escola bonita, moderna e até amiga do ambiente.

Por diversas vezes eu já tentei entrar nesta escola (fotos em anexo) para conhecer o local por dentro (por fora achei com cara de shopping, arghhh), e principalmente saber se existe algum “pátio verde” (leia-se espaço para as árvores, microclima) neste recinto escolar, mas sempre fui barrado. Entretanto algumas pessoas já me confirmaram que o local não tem nenhum “pátio verde”, muito menos árvores, é só concreto com alguns “jardizinhos ornamentais”.

Aí, para reflexão, eu pergunto: Mas uma escola sem árvores pode ser considerada bonita, moderna e amiga do ambiente?

Bem, não vou responder esta pergunta. Porém vou reproduzir um pensamento para lá de interessante e antenado de um português que eu assino embaixo, tomara que a prefeita de Cubatão (e professora, ou ex), Marcia Rosa (PT), leia:

“Gosto de árvores, sobretudo nas escolas. Lamento que continuem a ser consideradas dispensáveis, como se fossem um adorno. As árvores não são uma mera opção estética, são vida e fazem parte da missão de educar. Não perceber isto é não saber o que é uma escola, o que é educar.”

Prefeita Marcia Rosa, baixa um decreto ou sei lá o quê obrigando que toda escola que for construída em Cubatão a partir de agora deverá reservar, no mínimo, 30% do seu espaço para plantio de árvores, microclima.

Mais uma sugestão, esta é simples e custa pouco, se quiser pode começar “amanhã”. Têm algumas escolas municipais em Cubatão tomadas pelo piso de concreto que poderiam (a meu ver, deveriam) ser quebrados, e no local serem plantadas árvores, de pequeno, médio ou grande porte, dependendo do espaço.

Moésio Rebouças, jornalista e ambientalista 

“Não plantamos árvores para nós mesmos, mas para aqueles que estão por vir.”