Domingo, 06 de Julho de 2014 - 11h10
Decisão em outubro
Baixada Santista já tem 76 candidatos à eleição
Rafael Motta
Foi dada a saída. Após um período de treinos no qual se definiram estratégias políticas e os titulares nas listas de candidatos, começam neste domingo, oficialmente, as campanhas para presidente, governador, senador (uma das três vagas por Estado) e deputados federal e estadual.
A partida será decidida em 5 de outubro ou apenas na prorrogação – o segundo turno, para os dois primeiros cargos –, no dia 26 desse mês. A Baixada Santista entra no jogo com, no mínimo, 76 jogadores: 43 à Assembleia Legislativa, 32 à Câmara Federal e um segundo suplente para o Senado (César Mangolin de Barros, do PCB, de Praia Grande). Podem ser mais porque, dos 32 partidos existentes, todos consultados por A Tribuna na terça-feira, poucos responderam quantos nomes da região estão sendo lançados.
O prazo para registro de candidaturas na Justiça Eleitoral acabou neste sábado, e a lista completa deve ser atualizada nesta semana. O número, por ora, é menor do que nas últimas duas eleições (95 em 2010 e 101 em 2006). Se persistir assim, técnicos e comentaristas deste esporte – líderes partidários, cientistas e consultores políticos – apontam motivos: a dificuldade para financiar campanhas, a má reputação da classe política e a menor presença de grandes puxadores de votos, quando comparada à de pleitos anteriores, o que dá vantagem a quem já ocupa cargo eletivo.
Para a região, que tem 4,08% do eleitorado paulista (1,3 milhão de inscritos), eleger três deputados federais e quatro estaduais será um gol. Hoje, tem quatro em Brasília e dois em São Paulo. Haviam sido eleitos quatro estaduais, mas Bruno Covas (PSDB) transferiu seu título de eleitor para a Capital, e Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) tornou-se prefeito de Santos.
VOTOS E DINHEIRO
Covas e Barbosa, aliás, foram os dois mais votados em 2010 e puxaram votos para a coligação encabeçada pelo partido: juntos, tiveram 454 mil. Na Câmara, outro tucano forte nas urnas, Alberto Mourão (104 mil votos), foi eleito prefeito de Praia Grande, e Márcio França (PSB, 172 mil votos) mudou-se para o time do Executivo – é candidato a vice-governador
de Geraldo Alckmin (PSDB).
O nó tático, porém, se aplica a todos os partidos. Há campeões de votos em eleições passadas que hoje estão em partidos e coligações diferentes (em 2006, Paulo Maluf e Celso Russomanno somaram 1,3 milhão de votos). Nem se vislumbra um novo candidato de 1 milhão de votos, como Enéas Carneiro, do extinto Prona, em 2002 (1,5 milhão), e Tiririca, do PR,
em 2010 (1,3 milhão).
Também por isso, outro problema comum estará em conseguir dinheiro para as campanhas. Em média, cada um dos 70 deputados federais eleitos por São Paulo em 2010 investiu
R$ 1,696 milhão, conforme a Associação dos Consultores Legislativos e de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara (Aslegis). É mais do que seu salário em quatro anos de
mandato (R$ 1,389 milhão).
Os candidatos que ficaram para escanteio – não se elegeram – gastaram em média 5,4% (R$ 92 mil cada) do que despenderam os vencedores. Se aplicada a inflação oficial desde novembro de 2010, os valores subiriam 25,17%, e os vencedores teriam gastos médios de R$ 2,123 milhões. Não é o que deve ocorrer: de 2006 a 2010, em nível nacional, cresceram 110,9%. Líderes partidários não arriscam cifras.
fonte: http://www.atribuna.com.br/cidades/baixada-santista-j%C3%A1-tem-76-candidatos-%C3%A0-elei%C3%A7%C3%A3o-1.390894
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