São Paulo pode ficar sem água a partir de novembro caso não chova nos próximos dias, admite Sabesp
Por causa da falta de chuvas desde o início do ano, a capital e vários municípios do interior do estado, que tem 40 milhões de habitantes, enfrentam o mais grave problema de abastecimento de água
A
presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp), Dilma Pena, admitiu nesta quarta-feira (15) que São Paulo
passa “por uma grave crise” e que, se não chover nos próximos dias, a
primeira cota de volume morto do Sistema Cantareira pode acabar em
meados de novembro, levando à falta d'água na capital. A reserva técnica
ou volume morto é o volume que está abaixo do nível mínimo da estrutura
de captação de água nas represas.
“Temos disponibilidade suficiente para atender à população nesse regime de chuvas até meados de novembro”, disse Dilma em depoimento na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga o contrato entre a Sabesp e a prefeitura de São Paulo e a falta d'água em alguns bairros da capital.
“Temos disponibilidade suficiente para atender à população nesse regime de chuvas até meados de novembro”, disse Dilma em depoimento na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga o contrato entre a Sabesp e a prefeitura de São Paulo e a falta d'água em alguns bairros da capital.
Por causa da falta de chuvas desde o início do ano, a capital e vários municípios do interior do estado enfrentam grave problema de abastecimento de água. O Sistema Cantareira, um dos mais afetados pela estiagem, responde pelo abastecimento de água para 9 milhões de pessoas na capital e na região metropolitana de São Paulo. Hoje, por exemplo, o sistema opera com 4,3% de sua capacidade, diz a Sabesp.
Para
contornar o problema, a companhia ainda espera autorização judicial
para usar a segunda cota do volume morto do sistema. Desde o dia 15 de
maio, a Sabesp tem captado água da primeira cota.
Em
seu segundo depoimento na CPI, Dilma lembrou que a Sabesp está
construindo uma obra que poderá aumentar o nível do sistema em até 12%.
“Temos uma obra já licenciada, em fase de finalização, para
disponibilizar 106 milhões de metros cúbicos para o Cantareira. A
população da cidade de São Paulo e da região metropolitana, inclusive de
Campinas [interior do estado], poderá contar com essa água.”
Também
presente à audiência, o promotor José Eduardo Ismael Lutti criticou as
ações adotadas pela companhia para evitar a crise no abastecimento de
água da capital. “O que fica claro, depois de ouvir declarações de
funcionários da Sabesp, é que a companhia não planeja o bastante para
garantir a segurança hídrica em qualquer tipo de cenário, a não ser
acreditando que as chuvas virão normalmente." Segundo Lutti, a esperança
da companhia é a adesão das pessoas ao bônus por ela oferecido aos
clientes que economizarem água. "Não há um planejamento do recurso
hídrico com segurança”, disse ele.
Nesta
quarta-feira, Dilma Pena voltou a descartar que haja racionamento em
São Paulo, apesar de moradores de diversos bairros reclamarem da falta
de água. Na semana passada, ela disse que a companhia tem diminuído a
pressão do bombeamento de água à noite, o que estaria afetando o
abastecimento em residências instaladas em locais altos ou sem caixa
d'água.
fonte: http://acritica.uol.com.br/noticias/Sabesp-dagua-Paulo-chover-proximos_0_1230476978.html
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